O grande desafio da Argentina hoje se passa, principalmente, na melhora da economia. Com inflação na casa de 140%, o país sul-americano, que tem tudo para ser uma potência no continente, está numa crise de preços praticamente sem fim.
Um projeto audacioso e, ao mesmo tempo, inteligente, capaz de fazer a economia do país voltar aos eixos, será a primeira etapa do processo de reconstrução argentina, para que sua população volte a desfrutar os tempos de glória e as regalias de antes.
Não se pode deixar o peso argentino, uma moeda que, no século XX, fora considerada uma das mais importantes da américa latina, ficar como está hoje, valendo praticamente nada.
Com a vitória da coalizão de direita, a população argentina deu o recado de que o país pode estar cansado da política que, durante anos, ficou no poder e que deseja renovar os ares da Casa Rosada, com modelo econômico mais liberal e com menos intervenção do Estado.
O país tem potencial turístico forte, assim como o Brasil, mas isso não é tão explorado, como nas terras tupiniquins. Além disso, os índices sociais, mesmo com essa crise inflacionária, são melhores do que o do vizinho sul-americano, até mesmo na questão do PIB per capta. Ou seja, um projeto que direcione a precificação para um patamar vantajoso e favorável na balança comercial, pode ser um aliado para a retomada econômica da Argentina.
Recentemente, o Rio de Janeiro teve uma invasão de torcedores do Boca Juniors, em razão da final da Copa Libertadores da América, principal torneio de futebol do continente. Uma prova de que, mesmo com a economia patinando, o povo tem onde gastar e faz de tudo para realizar sonhos e desejos. E é com essa mesma gana que o novo governo deve assumir a Casa Rosada, pensando em como a população faz força para sobreviver e lutar por direitos e deveres.
Desde 9 de julho de 1816, data da proclamação da independência da Argentina, a república já passou por muitos altos e baixos, sempre tendo um final feliz. E não será agora, que o conto de fadas vai acabar.