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Futuro em risco pela hipocrisia britânica

O discurso de abertura do Parlamento, realizado pelo Rei Charles III, foi um balde de água fria para qualquer um que preze pelo futuro climático da humanidade. Antes de qualquer coisa, vale lembrar que ele é escrito pelo chefe de Governo britânico, o Premiê Rishi Sunak, que é quem, efetivamente, comanda a política do Reino Unido.

Na fala, de aproximadamente dez minutos, o atual rei contradisse completamente a pauta ambientalista que marcou sua vida na realeza, anunciando um projeto expansionista do licenciamento da exploração de petróleo e gás no mar do Norte.

A justificativa dada é uma suposta garantia energética para o Reino Unido, reduzindo, assim, a dependência britânica do mercado internacional. Nos últimos anos, em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, alguns países europeus sofreram com o corte do fornecimento de gás e energia, vindo principalmente de empresas russas.

O problema é que essas explorações petrolíferas no mar do Norte causa danos irreversíveis à vida marinha, aumentando a poluição e colocando em risco diversas espécies. Mais do que isso, também faz crescer consideravelmente a emissão de gases tóxicos na atmosfera, intensificando o aquecimento global, que segue causando desastres naturais mundialmente a cada ano que passa.

Ao fim, do discurso, o Rei tentou "amenizar" o tamanho do tragédia, dizendo que seu governo "seguirá liderando ações para combater as mudanças climáticas a perda da biodiversidade".

Só que fica realmente difícil de levar a sério esta fala, após anunciar um paraíso petrolífero para os grandes empresários do Reino Unido.

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