Por: Arnaldo Niskier*

Arnaldo Niskier: Szajman e a Educação

O empresário Abram Szajman e capa do seu livro 'A lenta modenização', onde apresenta uma seleção de artigos que demonstram a preocupação dele de valorizar a nossa educação. | Foto: Divulgação

Quem acompanha as atividades do Sesc e do Senac em São Paulo não pode deixar de reconhecer, por trás desse notório êxito, a mão forte e competente do empresário Abram Szajman. E, com ele, a preocupação de valorizar a nossa educação.

Pode-se perceber isso com o lançamento do livro histórico "A lenta modernização", uma seleção de artigos publicados no período de 1988 a 2013. Em variados momentos da excelente e oportuna obra, o autor se manifesta por uma educação de qualidade como faz em "País mal educado" (pg. 24): "Não faltam leis, planos e programas com variado grau de boas intenções. Mas são leis que não pegam, por razões que a Psicanálise não explica."

Em compensação, há ilhas de excelência. "Temos orgulho do papel desempenhado pelas entidades empresariais, instituições com mais de 50 anos de atuação no país, responsáveis pela profissionalização de gerações de brasileiros."

"Esperamos que o Plano Nacional de Educação pegue e desperte o gigante adormecido, ensinando-lhe não somente os primeiros passos, mas também a direção correta a seguir."

Outro artigo faz a defesa da escola pública. Abram é um defensor da modernidade na educação brasileira. Em 2010 criticou as mazelas diárias não resolvidas, entre as quais as que envolvem a Saúde e a Educação. O artigo foi publicado na Folha de São Paulo, sempre aberta a a esse tipo de saudável discussão.

Frequentador de escola pública (Prudente de Moraes, no Bom Retiro). "Isso ajudou a formar minha convicção de que a partir de uma escola pública de qualidade se pode construir um país desenvolvido e justo, com mecanismos de mobilidade social que permitam aos menos favorecidos ascender na escala social, como foi o meu caso e o de tantos outros filhos de imigrantes sem recursos."

O livro de Abram Szajamn vem em boa hora. Não apenas serve de reiteração das nossas prioridades, mas traz bons conselhos aos nossos dirigentes.

*Escritor e membro da Academia Brasileira

de Letras

 

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