Por: José Aparecido Miguel (*)

'E o PT, hein?': Mídia brasileira consegue atacar Lula até quando fala de Israel

1-OZEMPIC, MOUNJARO E SAXENDA: quais são as diferenças entre os remédios para emagrecer da nova geração? Por Bernardo Yoneshigue. Os medicamentos da classe chamada análogos de GLP-1, à qual pertence o Ozempic geraram uma verdadeira revolução contra a obesidade ao proporcionar um emagrecimento inédito - com uma eficácia que chega perto da cirurgia bariátrica. Desde então, as canetas injetáveis, originalmente concebidas para o tratamento de diabetes tipo 2, passaram a ser reposicionadas em doses maiores para pacientes com obesidade, ou com sobrepeso junto a comorbidades relacionadas ao número que aparece na balança. "Antes a obesidade não era vista como uma doença, então não tínhamos tantas opções de medicamentos. Só que agora, além de reconhecida, em todo o mundo nós vemos uma piora do cenário, um crescimento de casos que só tende a aumentar", explica o médico endocrinologista Fabiano Serfaty, doutor pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Confira quais são as "canetas emagrecedoras" disponíveis hoje. Mounjaro - Substância: Tirzepatida Ozempic - Substância: Semaglutida. - Substância: Liraglutida. Wegovy - Substância: Semaglutida - Cada caixa pode render doses diferentes, portanto a duração vai depender do uso do paciente. Geralmente, rendem um mês. (...) (O Globo)

2-MAIS DE 700 CRIANÇAS MORTAS. Guerra Israel x Hamas: mais de 700 crianças foram mortas em Gaza. O conflito entre Israel e Hamas já deixou pelo menos 3.500 mortos, segundo as informações oficiais divulgadas por autoridades dos dois lados. Mais de 700 crianças foram mortas e outras 2.450 ficaram feridas em Gaza desde o início da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, no último sábado (7). O balanço é da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), com base em dados de fontes locais. Ao menos 2.215 palestinos foram mortos, incluindo "mais de 700 crianças". Ao todo, 8.714 pessoas —entre elas, mais de 2.450 crianças— ficaram feridas no conflito entre Israel e Hamas, que chegou hoje ao oitavo dia. As informações foram repassadas à CNN pela Unicef. Sexta-feira (13) a Unicef já havia pedido um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A organização reforçou que as famílias estão sem comida, água, eletricidade e medicamentos após dias de ataques a todas as rotas de abastecimento. "A situação é catastrófica, com bombardeios incessantes e um aumento maciço no deslocamento de crianças e famílias", alertou em nota. (...) (Folhapress - O Estado de Minas)

3- TRAIÇÃO, ESPIÃO ou descuido: Israel vai apurar como Hamas descobriu segredos do Exército antes de ataque. Registros em vídeo mostram como o grupo terrorista conseguiu surpreender e enganar os militares mais poderosos do Oriente Médio; documentos de outubro de 2022 revelam planejamento de ofensiva. Por The New York Times. (O Globo).

4-'E O PT, HEIN?': MÍDIA brasileira consegue atacar Lula até quando fala de Israel. Por João Filho. Cobertura brasileira privilegia o discurso de extermínio de Israel e força relação entre PT e Hamas para fabricar elo de terrorismo. Um artigo escrito por Andrew Fishman do Intercept apontou 11 distorções comuns na mídia corporativa — especialmente a americana e a brasileira — sobre os últimos episódios envolvendo Israel e a Palestina, todas feitas sob um viés pró-Israel e anti-Palestina. Nos últimos dias, os principais veículos brasileiros de jornalismo deram um show de 'chapabranquismo' em relação ao governo isralense. Os convidados para comentar nos programas de TV — analistas, brasileiros residentes em Israel, pesquisadores — são, na sua grossa maioria, alinhados às posições do governo de extrema direita israelense. O horror imposto pelo Hamas aos civis israelenses é tratado como um episódio ocorrido no vácuo. Pouco ou nada se fala sobre o terror diário que os palestinos vivem dentro do apartheid imposto pelo governo de Israel. As cenas de terror vistas nos últimos dias contra civis israelenses são injustificáveis e, com isso, todos concordamos. Por outro lado, nos jornais brasileiro sempre encontra-se com facilidade justificativas para o contra-ataque israelense na Faixa de Gaza. A impressão que se tem ao acompanhar a cobertura dos jornais da Globo é que os palestinos são selvagens, antidemocráticos e potenciais terroristas. Já os israelenses são os democratas do Oriente Médio que agem em legítima defesa. No esgoto das fake news, na qual nada a extrema direita brasileira, o governo brasileiro é uma das principais vítimas. Circula com força nas redes sociais as seguintes notícias: "Hamas é o grupo terrorista ao qual Lula doou R$ 25 milhões" e "Dinheiro dos brasileiros sendo utilizado para financiar o terrorismo". A imprensa corporativa não ajuda a esclarecer essas mentiras, pelo contrário, contribui para reforçá-las. Apesar de ter repudiado os ataques terroristas que vitimaram civis israelense, o governo brasileiro foi criticado por supostamente ter poupado o Hamas ao omitir o seu nome no comunicado oficial divulgado pelo Itamaraty. Na GloboNews, a jornalista Mônica Waldvogel se sentiu à vontade para afirmar que "parte do PT tem ligação com o Hamas". Nunca houve qualquer ligação oficial do partido com o Hamas. O jornalista Jorge Pontual, correspondente da Globo News em Nova York, foi outro que se sentiu à vontade para contar outra fake news que fez a cabeça do bolsonarismo. Segundo ele, o Hamas teria decapitado 40 bebês israelenses na fronteira com a Faixa de Gaza. A informação foi divulgada por uma TV de Israel, mas já havia sido negada pelo próprio exército isralense. No geral, a imprensa brasileira consegue ser mais hegemonicamente pró-Israel do que a própria israelense. Em editorial, o jornal Haaretz responsabilizou o primeiro-ministro israelense pelo último ataque terrorista do Hamas. "O desastre que se abateu sobre Israel no feriado de Simchat Torá é de clara responsabilidade de uma pessoa: Benjamin Netanyahu", afirma o editorial. O jornal responsabiliza Netanyahu por não conseguir "identificar os perigos para os quais estava conscientemente conduzindo Israel ao estabelecer um governo de anexação e desapropriação" e por "adotar uma política externa que ignora abertamente a existência e os direitos dos palestinos." Aqui, qualquer crítica ao governo de Israel neste momento é encarada como um endosso automático à violência do Hamas. Já o apatheid em Gaza é encarado como inexistente ou, no máximo, como irrelevante. (...) (Intercept­_Brasil)

5-A MILIONÁRIA vitória de Chico Buarque na Justiça. O TJ-SP deu 15 dias de prazo para que as empresas indenizem o cantor, compositor e escritor por direitos autorais não honrados entre 2007 e 2012. Por Robson Bonin. Uma decisão da Justiça de São Paulo deu recentemente quinze dias para que três editoras — Musical Arlequim, Trevo e Três Marias — processadas por Chico Buarque paguem uma bolada de 5 milhões de reais ao cantor por direitos autorais não honrados entre 2007 e 2012, além de valores recebidos pelas empresas pela exploração da obra depois desse ano. Chico Buarque e a sua empresa Marola Edições Musicais vão ficar com 4,2 milhões de reais. Os outros 800.000 reais serão pagos aos advogados do cantor. (...) (Radar-Veja)

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: [email protected]

 

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