Coincidentemente ou não, o mais novo Sínodo da Igreja Católica, uma reunião entre bispos e cardeais sobre os andamentos da Cúria, começou no dia de São Francisco de Assis, 4 de outubro. E o papa, como o próprio nome já diz, é devoto do santo. Em seu discurso de abertura, o Papa Francisco fez menção às especulações sobre os assuntos que serão tratados no encontro.
Mario Jorge Bergoglio não é muito de reclamar de setores ou de classes, mas, nesta párola, fez uma pequena alfinetada aos jornalistas, dizendo para eles "ouvirem mais e escreverem menos". De fato, o papa está se sentindo incomodado com as especulações sobre o que será discutido ao longo deste mês de outubro no Vaticano. Apesar de muitos serem espinhosos às tradições católicas, como beatificação de união de pessoas do mesmo sexo e possibilidade de mulheres fazerem o sacerdócio, nada de concreto foi divulgado ou será ao longo destes dias.
Desde o período do Vaticano II a Cúria Romana não teve profundas mudanças em suas convicções, a fim de se reequlibrar com a sociedade e seus fiéis. Porém, desde a chegada de um papa latino e franciscano no comando do catolicismo, muitas transformações vêm ocorrendo nas quatro paredes da Basílica de São Pedro.
Tudo leva a crer que este sínodo será um divisor de águas para a Igreja neste mundo complexo e cheio de alternativas neste século XXI. Nem mesmo os mais conservadores devem ter voz e conduta, assim como os mais liberais — até no Vaticano há orientações políticas, por incrível que pareça. Todavia, o fato é de que algo novo deve surgir no mundo católito, após 29 de outubro.
Tooo pontificado termina com a morte do papa e foram raros aqueles que abdicaram do "poder e da palavra de Deus". Alguns deixaram um enorme legado, outros marcas negativas na história e há também o grupo dos beatificados, como João Paulo II, o João de Deus. E, ao que tudo indica, Papa Francisco deixará uma grande marca nos fiéis e deixará uma enorme transformação na Cúria, assim como São Francisco de Assis deixou a todos os seus seguidores.