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Terror pras crianças, sonífero pros adultos

Inspirado no videogame homônimo, "Five Nights At Freddy's" chegou aos cinemas na quinta-feira, com produção da Blumhouse, que vem investindo em alguns dos melhores filmes de terror dos últimos anos. Porém, nem mesmo essa 'chancela' da produtora será capaz de salvar esse longa, que tinha até potencial, mas foi atrapalhado pela baixa classificação indicativa, fixada em 14 anos para tentar atrair um público mais jovem.

O problema é que isso impede cenas de violência gráfica, como sangue e sustos mais intensos, que marcaram o sucesso dos jogos. Além disso, a franquia de videogame apostou nos famosos jumpscares para promover o terror, enquanto o filme não consegue construir o horror e nem mesmo criar sustos rápidos e manjados.

A trama acompanha o problemático Mike Schmidt, que precisa de um emprego para que a assistência social não leve sua irmãzinha embora. Então, ele aceita um trabalho de segurança noturno em uma pizzaria temática abandonada. O que ele não sabe é que os bonecos animatrônicos do local ganham vida à noite e matam qualquer um que passe por lá.

Os jogos foram sucesso entre a criançada na última década, mas sabiam criar terror por meio do mistério envolvendo a existência dos bonecos. O filme, porém, tenta transformar a história em uma aventura sem sal sobre o passado de Mike. A falta de carisma do protagonista, junto a falta de ousadia da direção em criar terror fazem do filme um grande sonífero.

É possível que o filme assuste parte de uma criançada bem mais nova, mas para qualquer um com mais de dez anos, a única sensação que 'FNAF' passa é a de não acabar nunca.

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