Não importa o bairro, o morador do estado fluminense se acostuma pouco a pouco com a rotina de violência, que mata inocentes, atrapalha a vida do trabalhador, desvaloriza imóveis e negócios e parece não ter solução.
A sensação generalizada de insegurança é provocada todos os dias e por diferentes fatores. Assaltos, trocas de tiros, guerra entre facções, homens armados e nessa semana, dezenas de ônibus queimados.
Há motivos reais para o medo. Claro que há ainda bairros e municípios em que estes tristes eventos não são tão frequentes, mas até os moradores dessas áreas menos violentas, estão indiretamente conectados com a violência presente aos seus arredores.
Seja através dos noticiários, pelas redes sociais ou até mesmo pela preocupação com os parentes e amigos que moram ou trabalham em locais de perigo.
O mais triste é que o morador do estado do Rio de Janeiro já até normaliza o fato, como se fosse natural ouvir tiros diariamente ou precisar andar com dois celulares, para ceder um ao bandido em caso de assalto.
O meme reproduzido nas redes sociais em que chama situações inusitadas - algumas bem humoradas e culturais - de "suco de Rio de Janeiro" está cada vez mais manchado pela dor e pelo medo.
A rotina de violência, é claro, interfere em todas as áreas da sociedade. A guerra prejudica a educação, economia, saúde...
Difícil pensar em progresso sem que cidadãos do estado tenham sua integridade física assegurada. Segurança não pode ser luxo para alguns, e sim um direito básico garantido a todos.