A Argentina está em clima de tensão neste período eleitoral, considerado um dos mais acirrados dos últimos tempos. O certo é que o candidato da extrema-direita, Javier Mieli, é o grande favorito para assumir a casa Rosada. Porém, a luta para o peronismo continuar no poder segue firme.
Por mais que o candidato da situação, Sergio Massa, não tenha uma grande ligação com o presidente Alberto Fernández, ele tem alinhamento com a família Kirchner, o que pode ser desfavorável para muitos argentinos.
Neste caso quem pode surpreender é Patricia Bullrich, que é ligada ao ex-presidente Maurício Macri, a quem o povo hermano tem bons olhares, pela forma como fez a economia rodar.
Aliás, esse é o grande temor e o chamariz desta eleição. O peso argentino, desde o governo Fernández, vem perdendo mercado e valor, com mercadorias chegando a 10 mil pesos e, num passado recente, custavam poucos pesos.
O resultado, obviamente, afetará as diretrizes não apenas internas, como também as externas da Argentina. O Brasil, pro exemplo, segue preocupado, pois acredita que com Mieli no poder a situação se complica. Com Massa fica igual e com Bullrich há diálogo mais amigável.
Quem deve estar se revirando do túmulo é o general Bartolomeu Mitre, um dos mais importantes nomes da independência da Argentina e um dos presidentes que fez o país ganhar prestígio internacionalmente, em especial no período em que o Brasil ainda era império.
Ou seja, nunca uma eleição na Argentina poderia ser tão importante quanto esta de agora. Até mesmo a de Maurício Macri, que interrompeu, durante quatro anos, o "império" peronista no país.
Evita, agora, estaria cantando para a Argentina não chorar e sim ficar unida e se erguer, pois falta, neste momento, uma liderança para unificar o país.
Assim, a nação, de grande importância para a América do Sul e o continente como todo, pode ficar cada vez mais isolada do mundo, num momento em que, na verdade tinha que se aproximar, mas isso dependerá da escolha dos próprios argentinos no pleito.
