Chegou aos cinemas, na última quinta-feira (28), o filme "Ruim Pra Cachorro". Com uma estratégia publicitária especialmente voltada para o público brasileiro, que convidou um elenco repleto de comediantes nacionais para dublar o filme, essa aventura certamente vai causar polêmica aqui no Brasil por conta de um antigo problema que parece não ter fim: pais desavisados.
Apesar do nome típico de Sessão da Tarde e de um elenco formado praticamente por cachorros, o filme está longe de ser uma aventura infantil. A começar pela classificação indicativa, que é para maiores de 12 anos. No entanto, considerando que o filme tem palavrões e piadas com sexo, talvez fosse mais adequado que chegasse com uma classificação indicativa de pelo menos 16 anos.
Mas essa não é a primeira vez que um filme assim causa polêmica no país. Na última década, pelo menos três projetos fizeram barulho pelo mesmo motivo. O primeiro deles foi "Ted", uma comédia politicamente incorreta que era estrelada por um ursinho de pelúcia que usava drogas, xingava e fazia sexo. Foi um bafafá porque diversos pais levaram suas crianças para verem um filme que era para maiores de 18.
Em 2016, o caos foi maior, porque "Festa da Salsicha", uma animação para maiores, chegou às telonas e novamente uma série de pais saíram horrorizados das sessões. O mesmo aconteceu com "Deadpool", o anti-herói desbocado que foi confundido com o Homem-Aranha.
Se fica uma lição disso tudo é: pais, leiam sobre os filmes antes de levarem as crianças para o cinema para evitarem problemas. E, não. "Ruim Pra Cachorro" não é um filme infantil, é uma comédia adolescente.