O HISTÓRICO VIOLENTO DA SIDERÚRGICA
A atuação violenta da Companhia Siderúrgica Nacional passa pela própria criação da estatal, quando a região de Volta Redonda ainda era uma zona rural do Sul Fluminense. Criada em 30 de janeiro de 1941 pelo então presidente Getúlio Vargas, a Companhia Siderúrgica Nacional foi parte central do "projeto nacional-desenvolvimentista", quando o mundo vivia sobre o terror da 2ª Guerra Mundial.
A relação orgânica entre a CSN e as Forças Armadas se estabeleceu desde o início da estatal. Em tempos de guerra, a CSN foi considerada uma operação de "interesse militar". Na prática, isso significava, por exemplo, que nenhum trabalhador podia se ausentar por mais de oito dias do trabalho, sob pena de ser considerado um desertor. Ser empregado da empresa significava servir às Forças Armadas.
A justificativa do "estado de guerra" e da atividade de "segurança nacional" também incluía a exigência de jornadas de trabalho de 10 horas diárias e a suspensão do direito de férias.