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Falta mais diálogo nas relações

A pessoa que era para ser um protetor, defensor e referência, se tornou um assassino. Como aceitar algo tão cruel e desumano? Não falamos muito sobre crimes em nossas páginas do Correio da Manhã, mas é impossível não refletirmos sobre o inaceitável caso do jovem, de 19 anos, que é o principal suspeito de ter matado o irmão, de 7 anos, em São Paulo.

Isso não está certo! Família é sinônimo de apoio, proteção e amor, isso sim que deve estar presente nos lares de todo o mundo. Como conseguir entender um crime tão brutal? É impossível!

O caso do menino Caio, que aconteceu na Zona Sul de São Paulo, nos fez lembrar de outro crime, ainda mais brutal, envolvendo irmãos há 4 anos, no interior paulista. Uma jovem de 18 anos matou o próprio irmão de 5 anos em um tipo de ritual, dentro da própria casa. Na ocasião, todos ficaram revoltados com as informações acerca do assassinato: 'o menino foi asfixiado, teve os olhos furados, estava cercado por velas e com seu pênis decepado'. Quanta dor para uma criança de apenas 5 anos de existência neste mundo.

Agora, voltando ao caso do Caio, que era autista, enquanto pensava que estava seguro dentro de casa, após sua mãe sair para trabalhar e seu pai estar voltando, foi vítima do próprio irmão que escondeu seu corpo embaixo de sua cama. Segundo a polícia, o menino foi morto de forma brutal.

Falando sobre o possível assassino, um caderno com anotações com teor criminoso foi encontrado e, segundo vizinhos, ele também já se envolveu em um possível ataque na escola daquela região.

Agora, diante de mais um caso como este, um alerta deve estar presente dentro das nossas casas. Será mesmo que todo ambiente familiar é seguro? Sem nenhuma possibilidade de defender o jovem acusado, apenas uma reflexão: filhos quietos, fechados em quartos, devem sim receber atenção para que crimes como estes ou tentativas de atentado a escolas, por exemplo, sejam evitados. Há pais ou responsáveis que não sabem nada sobre o filho, que mora dentro do mesmo teto. E por essa ingenuidade, acabam colocando outras vidas, muitas das vezes crianças, em risco sem saberem. Falta, com certeza, mais diálogo nas relações familiares. Nossas condolências aos familiares do menino Caio.