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A natureza cobra o preço da negligência

Faz décadas que o debate sobre a proteção ao meio ambiente e os efeitos que manter uma sociedade sem a sustentabilidade toma os principais congressos e encontros nacionais e internacionais.

As projeções dos cientistas, por mais negativas que fossem, sempre apontaram para as cheias e o calor extremo como principal efeito da poluição de mares e rios, do ar e do desmatamento sem controle que tomou o planeta nos últimos anos.

Como de costume, houve aqueles que aproveitaram a oportunidade para chamar os cientistas de loucos e alarmistas, definindo profissionais sérios como "profetas do apocalipse".

Pois bem, os efeitos climáticos já podem ser sentidos há anos. Na Europa, por exemplo, ondas de calor próxima das 40º tomaram países como Espanha e Inglaterra, em 2022, causando uma série de doenças, internações e até mesmo óbitos na população.

Nesta última semana, o mundo chorou com três tragédias sem precedentes: a devastação do Rio Grande do Sul pelas chuvas ocasionadas pela passagem de mais um ciclone, que deixou 47 mortos; Um terremoto que matou cerca de 3 mil pessoas no Marrocos; E agora uma tempestade catastrófica que deixou mais de 5 mil mortos na Líbia.

Esses desastres naturais podem ser evitados ou remediados com preparo e infraestrutura, mais ou menos como faz o Japão com seus terremotos. Basta a política descer de seu pedestal de arrogância e passar a ouvir e custear os cientistas, que dedicam suas vidas a prever e cuidar de casos como esses.

Quantas mortes mais serão necessárias para levarem o meio ambiente a sério?