A diferença das SAFs no Rio de Janeiro
Na era das Sociedades Anônimas do Futebol, as populares "SAFs", o futebol carioca, pioneiro no assunto, vem mostrando dois casos emblemáticos. Um de sucesso e outro que faz aumentar a desconfiança dos clubes que buscam investidores interessados em adquirir parte ou a totalidade de seus departamentos de futebol.
O Botafogo, cujo futebol foi adquirido pelo magnata americano John Textor, vem colhendo os frutos do trabalho iniciado na temporada passada, chegando à liderança do Campeonato Brasileiro e fazendo uma campanha sólida na Copa Sul-americana.
Já o Vasco, que teve 70% de seu futebol comprado pela empresa americana 777 Partners, porém, vive dias dignos de seus piores momentos de organização associativa. Afundado no Z-4 do Brasileirão e sem vencer um jogo há três meses, o Vasco vê os americanos agirem com passividade e ignorarem os péssimos resultados em campo.
As diferenças no processo de "SAF" foram gritantes nos dois casos. Enquanto o Botafogo renovou todo o setor de futebol, demitindo profissionais que fracassaram na gestão associativa, o Vasco manteve nomes que montaram elencos rebaixados e incapazes de conquistar o acesso à elite, além de dirigentes que integraram o associativo e ajudaram na venda para os americanos.
Ou seja, enquanto um montou um "pool" de profissionais qualificados, o outro decidiu dar nas mãos de dirigentes incapacitados uma quantia de R$ 100 milhões. O resultado? Um elenco incompleto e um técnico "estagiário". Agora, enquanto um colhe os louros de um trabalho bem feito, o outro afunda num fracasso conhecido da torcida, só que inflacionado.
