Financiamento de resiliência climática no RS

Comitê Científico foi criado pelo governor Eduardo Leite

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No Dia Internacional para a Redução de Riscos de Desastres, celebrado nesta segunda-feira (13/10), o panorama gaúcho após as enchentes de 2024 e as estratégias voltadas à construção de resiliência climática pautaram agenda entre órgãos de Estado, bancos de fomento e comunidade, em Porto Alegre. O evento "Financiando a resiliência: desafios e oportunidades no Rio Grande do Sul" foi promovido pelo Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, em parceria com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) e a Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg).

Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), o financiamento é hoje o desafio central que conecta as agendas de desastres, clima, desenvolvimento e ação humanitária. Relatório elaborado pela entidade aponta que as perdas diretas decorrentes de desastres chegam a US$ 202 bilhões por ano e ultrapassam US$ 2,3 trilhões anuais quando considerados os custos em cascata e os impactos sobre os ecossistemas. "Apesar do aumento dos custos, de acordo com a própria ONU, os investimentos ainda são pequenos. Devemos agir em todas as frentes, fazendo uma interface entre as ciências naturais e sociais", iniciou o secretário-executivo do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, Joel Goldenfum.

Goldenfum detalhou o trabalho desenvolvido pelo comitê - coordenado pela titular da Sict, Simone Stülp -, que é composto por especialistas e pesquisadores designados pelo governo do Estado. O órgão colegiado tem atribuições consultivas e propositivas acerca dos aspectos técnicos, tecnológicos e científicos referentes às ações e políticas públicas voltadas para adaptação e resiliência climática. "O objetivo é municiar os tomadores de decisões por meio de elementos técnicos e científicos. Dessa forma, temos a ciência e a tecnologia dentro da governança do Plano Rio Grande", afirmou.

Antes do Plano Rio Grande, não havia uma estrutura como a do Comitê Científico para discutir projetos e temas relacionados às mudanças climáticas. Agora, o governo se baseia em informações fornecidas por pesquisadores e especialistas para tomar as decisões relativas à recuperação do Estado.

O Plano Rio Grande foi implementado pelo governador Eduardo Leite para acelerar e organizar os processos e projetos de reconstrução do Estado.