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RS em encontro de líderes mundiais

O governo do Estado, representado pela secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, participou, nesta segunda-feira (22/9), do Diálogo de Alto Nível sobre Soluções de Adaptação Climática, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. O encontro de líderes mundiais sobre clima no âmbito da Assembleia Geral da ONU foi promovido pela equipe de Ação Climática do Secretário-Geral da ONU, em parceria com Brasil, Itália, Palau, África do Sul e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O evento destacou a urgência em se avançar no financiamento e na implementação da adaptação climática. De acordo com o Relatório de Lacunas de Adaptação 2024, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os recursos necessários para adaptação são de oito a 14 vezes maiores que os fluxos atuais de financiamento público. Embora quase todos os países já possuam planos de adaptação, menos da metade apresenta avanços concretos.

Em sua fala, a secretária Marjorie, que também representou todos os governos subnacionais por meio do Iclei - Governos Locais pela Sustentabilidade, destacou que o Rio Grande do Sul tem enfrentado, nos últimos anos, alguns dos desastres meteorológicos mais severos de sua história recente. "As enchentes que marcaram 2023 e 2024 revelaram a urgência de articular reconstrução e adaptação em uma mesma estratégia. Nesse contexto, o Plano Rio Grande surge como um programa robusto de resiliência e reconstrução, alinhado à agenda climática global e conectado ao nosso plano de ação climática, o ProClima 2050, e ao Roadmap Climático, que reúne informações de todos os 497 municípios gaúchos", afirmou a secretária.

Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é um programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Segundo Marjorie, o endividamento dos produtores rurais gaúchos, provocado pelas mudanças do clima, supera os R$ 70 bilhões, principalmente pela frustração de safras derivada de secas sucessivas.

"O Rio Grande do Sul está pronto para ser um laboratório de instrumentos financeiros inovadores. Temos instituições financeiras parceiras e buscamos ampliar o acesso a fundos internacionais, como o Fundo Verde do Clima. Mas é fundamental que esses mecanismos sejam estruturados para apoiar o novo objetivo global de adaptação que será debatido na Conferência do Clima de Belém (COP30), com indicadores que reflitam a realidade dos territórios", reforçou.