Safra de milho 2025 no Paraná deve bater recorde
Estimativa inclui produção das duas etapas do cultivo em 2024/2025
O Paraná deve registrar a maior colheita de milho da sua história na safra 2024/2025.
A projeção considera a produção das duas etapas do cultivo do grão, mesmo com perdas causadas pelo clima. O total pode superar 18,1 milhões de toneladas, marca registrada na safra 2016/2017.
Os dados estão na Previsão Subjetiva de Safra, divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura.
A segunda etapa do cultivo já está 100% implantada.
A área plantada é de 2,72 milhões de hectares, crescimento de 7,4% em relação ao ciclo anterior. A expectativa é de uma colheita de 16,15 milhões de toneladas. A primeira etapa, colhida recentemente, atingiu produtividade média de 10,8 mil quilos por hectare, a maior já registrada no estado.
Mesmo com redução de 8% na área plantada, a produção chegou a quase 3 milhões de toneladas. Outras culturas também foram analisadas pelo Departamento de Economia.
O trigo pode alcançar 2,73 milhões de toneladas, aumento de 19% em comparação ao ciclo anterior. A produtividade esperada é de 3,2 mil quilos por hectare. O crescimento ocorre mesmo com queda de 25% na área plantada, que caiu para 849,8 mil hectares.
A cevada já teve 31% da área cultivada, com 94,3 mil hectares previstos. A produção estimada é de 411,5 mil toneladas, 39% a mais que no ano passado. O avanço depende da intensificação do plantio em regiões como Guarapuava, no Centro-Sul do estado.
A cultura do café deve crescer 6% em relação ao ciclo anterior. A projeção é de uma colheita de 42,8 mil toneladas, compensando perdas causadas pela seca em 2023.
Já o feijão enfrenta queda de 22% na segunda etapa de cultivo. A redução da área, a seca e ainda pragas devem limitar a produção a 534 mil toneladas.
No ano anterior, foram colhidas 680,9 mil toneladas.
Além da previsão de safra, o Deral divulgou dados sobre o setor de proteína animal.
Em abril, o custo para produção de frango vivo em aviários climatizados chegou a R$ 4,88/kg, com aumento de 0,4% no mês e 14% no ano. Os principais fatores foram a alta no preço da ração e dos pintos de um dia. No mesmo período, o preço médio pago ao produtor foi de R$ 5,07/kg, com alta de 8,6% no mês e 13,7% no ano.