Ação flagra material de violência no Rio de Janeiro

A Polícia Federal prendeu em flagrante, na terça-feira (25), um homem suspeito de armazenar, compartilhar e aliciar para crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes na internet no Rio de Janeiro.

A ação fez parte da Operação Perfil Falso, deflagrada com o objetivo de reprimir a circulação de conteúdos de abuso sexual infantil na rede mundial de computadores.

Policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do investigado, expedido pela 5ª Vara Criminal Federal da capital. Durante a execução da ordem judicial, os agentes identificaram grande quantidade de arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil no celular do suspeito, o que motivou sua prisão. O aparelho e outros equipamentos de informática foram apreendidos.

A investigação começou após cooperação internacional com o Departamento de Crimes Cibernéticos da Polícia Nacional Turca, que detectou um link de vídeo com cenas de violência sexual infantil compartilhado por um usuário brasileiro. A partir dessa informação, a PF iniciou o rastreamento que levou à ação desta terça-feira.

O homem será encaminhado ao sistema prisional do estado e permanecerá à disposição da Justiça. Ele responderá pelos crimes de aliciamento, armazenamento e compartilhamento de mídias que contenham cenas de abuso sexual infantil, conforme legislação brasileira.

A PF reforçou que, embora o Estatuto da Criança e do Adolescente ainda utilize o termo "pornografia infantil", organismos internacionais recomendam a expressão "abuso sexual de crianças e adolescentes", por refletir de forma mais precisa a violência sofrida pelas vítimas.

Monitoramento e prevenção

A corporação também alertou pais e responsáveis sobre a importância de monitorar o uso da internet por crianças e adolescentes. Orientar sobre riscos, acompanhar atividades online e observar mudanças de comportamento, como isolamento ou segredo excessivo, são medidas consideradas essenciais para prevenir situações de violência sexual. A PF destaca que a informação e o diálogo são ferramentas fundamentais para proteger jovens e evitar novos crimes.