SP: febre maculosa faz duas novas vítimas no interior
Óbitos foram registrados no município de Leme, em São Paulo
Duas pessoas morreram na cidade de Leme, no interior de São Paulo, na semana passada, em decorrência da febre maculosa. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde, que não divulgou nomes, gênero ou idade das vítimas. Com os novos registros, o estado soma 20 mortes causadas pela doença em 2025.
De acordo com a secretaria, equipes técnicas da prefeitura adotaram todas as medidas de controle e vigilância assim que os casos foram notificados. As ações estão sendo conduzidas pelo Setor de Vigilância Epidemiológica e Zoonoses, que reforçou o monitoramento de áreas de risco e a divulgação de orientações preventivas à população.
A febre maculosa, também chamada de doença do carrapato, é transmitida pela picada do carrapato-estrela, infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), menos de 1% desses carrapatos estão contaminados, o que significa que o simples contato com o parasita não garante a infecção. No entanto, quando ocorre a transmissão, a doença pode ser grave e potencialmente letal.
O interior paulista tem registrado aumento nos casos neste ano. Além de Leme, o município de Salto, localizado a cerca de 90 quilômetros, contabilizou três mortes por febre maculosa em 2025. Após a confirmação, a prefeitura interditou um parque municipal, frequentado por duas das vítimas, como medida de segurança e prevenção.
Até outubro, o estado de São Paulo havia registrado 36 casos confirmados da doença, com 18 mortes. Agora, o número de óbitos chegou a 20. Em todo o ano passado, foram 72 ocorrências e 26 mortes.
Os sintomas incluem febre alta e repentina, dores de cabeça e nas articulações, fraqueza, fadiga extrema e manchas vermelhas na pele, que surgem entre o terceiro e o quinto dia da infecção. A letalidade é elevada, principalmente quando o diagnóstico é tardio.
As autoridades reforçam a importância da prevenção. A recomendação é evitar áreas com vegetação alta, usar roupas que cubram o corpo e botas em locais de risco e verificar a presença de carrapatos após passeios.