RJ defende Anel Ferroviário do Sudeste por completo

Governo do Estado quer ligação entre Porto do Açu e Nova Iguaçu

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Em reunião realizada, nesta quarta-feira (5) no Ministério dos Transportes, o governador Cláudio Castro e deputados da bancada federal do RJ defenderam junto ao ministro Renan Filho que o projeto de implantação da EF-118, a ferrovia Vitória-Rio - que formará o Anel Ferroviário do Sudeste - seja realizado integralmente, incluindo o trecho Sul, que ligará o Porto do Açu, no norte do Estado, ao município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A licitação para concessão do primeiro trecho da ferrovia, o trecho Norte, entre São João da Barra (RJ) e Anchieta (ES), deverá acontecer no final de 2025, segundo previsão do Ministério e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

"O Anel Ferroviário do Sudeste contribuirá para o fortalecimento das exportações brasileiras, representando uma solução que beneficiará não apenas o Estado do Rio de Janeiro, e é por isso que há quatro anos estamos defendendo esse ponto de vista. A gente sabe que o Porto de Santos, hoje, está levando sete meses para atracar um navio. O Brasil ganha mais uma grande possibilidade logística, que vai trazer desenvolvimento ao país inteiro", defendeu Cláudio Castro.

A EF-118 terá, ao todo, 495 km e conectará a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), no Espírito Santo, à malha ferroviária da MRS, no Rio de Janeiro. Terá um papel de integração entre as capitais, polos industriais e portos da Região Sudeste. A ferrovia vai expandir a capacidade portuária, aliviando gargalos, especialmente para o agronegócio e a mineração, facilitando o fluxo de matérias-primas e produtos entre indústrias do Sudeste. Criará um importante corredor logístico para o mercado interno e comércio exterior e será alternativa o escoamento de cargas, acompanhando o crescimento da demanda.

O Anel, que está incluído no Novo PAC, é considerado o maior projeto ferroviário do Brasil dos últimos 40 anos. O primeiro trecho, de 170 km, vai atender à demanda de escoamento de produtos como minério de ferro, ferro gusa e carvão-coque. Já o traçado que liga o Porto do Açu a Nova Iguaçu servirá também para circulação de cargas, como grãos, fertilizantes, contêineres, derivados de petróleo e combustíveis e bauxita.