O Super Centro Carioca de Saúde conta agora com apoio de inteligência artificial (IA) para auxiliar no diagnóstico de câncer de mama, sendo pioneiro no Sistema Único de Saúde. Os laudos dos exames de mamografia realizados no Centro Carioca de Diagnóstico e Tratamento por Imagem (CCDTI) são avaliados e assinados por profissionais médicos capacitados, no entanto, a IA auxilia na identificação de possíveis lesões difíceis de serem vistas pelo profissional. Com a nova tecnologia, a unidade reduz o tempo de diagnóstico da doença e aumenta a chance de tratamento e cura.
"A inteligência artificial não vai fechar o diagnóstico do paciente, ela vai auxiliar na identificação das lesões, levando apenas 20 segundos. Isso auxilia muito para a redução do tempo de diagnóstico da doença. Depois que as lesões são identificadas, o médico é quem vai levar em consideração, ou não, o que foi identificado e fechar o diagnóstico. A IA é uma tecnologia que auxilia na identificação das lesões de forma mais rápida, e talvez de algo que o médico não consiga identificar a olho nu. Com certeza é um grande avanço para a saúde pública do Rio", explica o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
A IA auxilia no que chamam de "achado crítico", ou seja, identifica as lesões e indica o percentual de gravidade de cada uma delas. O profissional médico que está avaliando o exame pode ou não considerar a lesão indicada pela IA, de acordo com o histórico médico e acompanhamento da paciente. Os laudos, mesmo após a indicação da IA, são avaliados e fechados pelo profissional. A inteligência artificial é apenas um instrumento tecnológico para subsidiar e apoiar a capacidade de diagnóstico dos profissionais que já atuam na unidade.
O CCDTI também conta com um projeto de navegação de câncer de mama, com uma equipe especializada que realiza o monitoramento dos exames de pacientes em investigação diagnóstica da doença. O objetivo é garantir que as pacientes atendidas na unidade, que apresentem qualquer tipo de alteração, tenham um diagnóstico fechado com maior celeridade por meio do exame de biópsia. Após a conclusão do diagnóstico, a equipe comunica a unidade de Atenção Primária de referência da paciente para dar o seguimento necessário no sistema de regulação para início do tratamento no SUS.