Fecomercio prevê crescimento do emprego em SP
Serviços e Comércio mantêm desempenho superior a 2024; contratações sazonais reforçam recorde no Comércio
Apesar de um ritmo mais lento, a expectativa é de que o emprego em São Paulo encerre 2025 em patamar superior ao de 2024 nos setores de Comércio e Serviços. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), os segmentos devem registrar saldo positivo de vagas, com o Comércio sendo impulsionado principalmente pelas contratações de fim de ano.
Segundo a entidade, fatores como elevado nível de ocupação formal, aumento da massa de rendimentos, desaceleração da inflação e maior injeção de recursos do décimo terceiro salário devem estimular a demanda e a criação de empregos. Por outro lado, o alto custo do crédito, juros restritivos e cautela empresarial diante da desaceleração econômica podem limitar esse crescimento.
Serviços alcançam recorde de 7,78 milhões de vínculos
O setor de Serviços fechou setembro com 33.787 novas vagas formais, resultado de 407.710 admissões e 373.923 desligamentos. O saldo mensal superou o de agosto (22.600 vagas), mas ficou abaixo do registrado em setembro de 2024, quando 38.086 postos foram criados, uma diferença de 11,3%.
As atividades administrativas e serviços complementares foram responsáveis por 11.858 novos empregos, seguidas por transporte, armazenagem e correio (7.236), alojamento e alimentação (4.536), saúde humana e serviços sociais (4.223) e atividades profissionais, científicas e técnicas (3.731). Houve queda em atividades financeiras e de seguros (-852), imobiliárias (-22) e outras atividades de serviços (-677).
Com isso, o total de empregos formais nos serviços paulistas atingiu 7,78 milhões de vínculos, um recorde histórico. Entre janeiro e setembro, o setor acumulou 261.145 novas vagas, 11% a menos do que no mesmo período de 2024.
Comércio segue em alta, mas desaceleração se intensifica
O Comércio registrou em setembro a criação de 4.611 vagas, resultado de 153.617 admissões e 149.006 desligamentos. O crescimento foi menor que o observado em agosto (12.500 vagas) e reflete a desaceleração do setor.
O comércio varejista abriu 2.294 postos, o atacadista 1.511, e o segmento de comércio e reparação de veículos 806. O estoque total do setor chegou a 3,04 milhões de vínculos formais, o maior da série recente. De janeiro a setembro, foram criadas 55.217 vagas líquidas.
Capital paulista lidera no setor de Serviços
Na cidade de São Paulo, o setor de Serviços gerou 14.038 novas vagas em setembro, após 180.075 admissões e 166.037 desligamentos, o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de fevereiro (25.400). Apesar disso, o saldo ficou 26,9% abaixo do registrado em setembro de 2024.
As atividades administrativas e serviços complementares concentraram 9.072 vagas (65% do total), seguidas por atividades profissionais, científicas e técnicas (2.335), educação (1.248) e alojamento e alimentação (1.706). Houve retração em outras atividades de serviços (-1.153) e financeiras e de seguros (-978). O total de empregos formais no setor na capital chegou a 3,4 milhões, recorde histórico. Entre janeiro e setembro, foram 81.373 novas vagas líquidas.
Comércio na capital desacelera fortemente
O Comércio na capital paulista registrou saldo de apenas 90 vagas em setembro, queda significativa em relação a agosto (4.693) e 96,8% menor do que setembro de 2024. O varejo perdeu 378 postos, enquanto o atacado abriu 375 e o comércio e reparação de veículos, 93. O total de empregos formais no setor atingiu 929,3 mil vínculos, o maior da série histórica, com 17.686 novas vagas acumuladas de janeiro a setembro.