Indaiatuba leva inovação para o combate da dengue

A Prefeitura de Indaiatuba iniciou uma nova fase do Projeto Aedes do Bem™, tecnologia da Oxitec para controle do Aedes aegypti, agora alcançando também a região central após bons resultados obtidos em 12 bairros entre 2018 e 2022.

Equipes da Saúde e da empresa estão visitando moradores e comerciantes da área central da cidade para apresentar o projeto, esclarecer dúvidas e identificar, em conjunto com a população, os pontos mais adequados para a instalação das caixas de liberação.

Ação

Na primeira semana de dezembro, terá início a etapa operacional do projeto, instalando as caixas de liberação dos mosquitos machos do Aedes do Bem™, que não picam e não transmitem doenças. A tecnologia é aprovada pela CTNBio, autoridade já utilizada em áreas urbanas de Indaiatuba.

O prefeito de Indaiatuba, Dr. Custódio Tavares, afirmou: "Indaiatuba trabalha de forma planejada e preventiva. Levar o Aedes do Bem™ para o Centro demonstra nosso compromisso em investir em tecnologias seguras e eficientes, garantindo que a cidade esteja sempre um passo à frente no enfrentamento da dengue".

A secretária de Saúde, Dra. Heloísa Salatino, acrescentou: "Esta etapa marca o fortalecimento de uma estratégia que já apresentou resultados concretos no município. Atuamos com rigor técnico e transparência, e contamos com o envolvimento da comunidade para potencializar os impactos positivos dessa iniciativa".

A diretora executiva da Oxitec, Natalia Verza Ferreira, reforçou: "A antecipação é a nossa maior aliada. Não podemos esperar a crise sanitária se instalar para agir. O Aedes do Bem não é uma promessa, é uma solução de biotecnologia que, como visto em Indaiatuba, é capaz de reduzir a população do mosquito em mais de 90%". O coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti, destacou: "Para alcançarmos um resultado positivo, a participação da população é fundamental. Cada família pode contribuir dedicando apenas 10 minutos por semana para eliminar possíveis focos do Aedes aegypti".

Aedes do Bem

O projeto utiliza mosquitos machos autolimitantes, que acasalam com as fêmeas do Aedes aegypti e reduzem de forma sustentável e segura a população do mosquito selvagem. Pode haver aumento temporário de mosquitos no início das liberações, o que é esperado e não oferece risco. Entre 2018 e 2022, a iniciativa ajudou a proteger mais de 45 mil pessoas, alcançando até 96% de redução do vetor, segundo estudo publicado na revista Frontiers. Os mosquitos liberados desaparecem naturalmente entre 13 e 24 semanas após o fim das ações.