Campinas lidera a criação de empregos no interior de SP

Números da Fundação Seade, com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que no estado foram gerados aproximadamente 437 mil empregos formais até agosto de 2025

Por Moara Semeghini

A cidade alcançou a 13° colocação no ranking nacional de volume de reservas em 2025

A cidade de Campinas se destaca no cenário econômico paulista ao registrar o melhor desempenho entre as cidades do Interior na geração de empregos com carteira assinada entre janeiro e agosto de 2025. Segundo levantamento da Fundação Seade, com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego (via Caged), Campinas registrou um saldo positivo de 8.886 novas vagas formais nesse período – ficando atrás apenas de São?Paulo (capital), Osasco e Guarulhos municípios da Região Metropolitana de São Paulo). Veja a lista completa abaixo.

Os números mostram que, no estado de São Paulo como um todo, foram gerados aproximadamente 437 mil empregos formais até agosto de 2025. A média salarial de admissão no mês de agosto atingiu cerca de R$ 2.612,69, o maior do país. Em Campinas, o resultado representa um crescimento expressivo frente a períodos anteriores e confirma o município como pólo de atração de investimentos e oportunidades de trabalho.

Setores em evidência

Na região da metrópole de Campinas, o segmento de bares e restaurantes foi responsável por abrir 1.216 empregos formais entre janeiro e agosto de 2025, contra 739 no mesmo período de 2024. Esses dados evidenciam uma recuperação ou expansão da atividade econômica voltada ao consumo local, lazer e turismo doméstico, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Significado para Campinas

Segundo a Fundação Seade, o bom desempenho de Campinas reflete o dinamismo do setor de serviços e o papel do município como polo regional de atração de investimentos e mão de obra qualificada. O órgão ressalta que a expansão do emprego formal no interior contribui para a recuperação da renda e o fortalecimento da economia local.

O forte desempenho no emprego formal tem reflexos positivos: geração de renda, estímulo ao comércio e à prestação de serviços, maior atratividade para investimentos e reforço da confiança de consumidores e empreendedores. Para o município, isso pode colaborar com a redução da taxa de desemprego local, ampliação da arrecadação municipal via consumo e geração de negócios e maior visibilidade para captação de empresas e indústrias que busquem mão de obra qualificada.

Com um saldo de cerca de 8,9 mil novas vagas formais até agosto, Campinas consolida-se como o interior do Estado de São Paulo que mais gerou empregos com carteira assinada em 2025 (até o mês em análise). A cidade reforça sua relevância econômica, mas deverá seguir investindo em qualificação, infraestrutura e diversificação produtiva para manter e ampliar esse desempenho no médio e longo prazo.

Desafios

Entre os desafios apontados, estão também as melhorias em infraestrutura, transporte e logística, fundamentais para sustentar o ritmo de crescimento econômico regional. De acordo com o relatório “Banco de Dados Socioeconômico do Estado de São Paulo – ZEE-SP”, elaborado pela Fundação Seade, o fortalecimento da infraestrutura e da conectividade entre municípios é fator estratégico para o desenvolvimento equilibrado e para a atração de novos investimentos no Interior paulista.

Ranking entre cidades paulistas

Além de Campinas na 4ª posição geral, o levantamento citou outras cidades do interior paulista entre as 50 com maior saldo de vagas no acumulado do ano até agosto: Mogi?Guaçu (25ª), Sumaré (31ª), Indaiatuba (40ª), Monte?Mor (44ª), Paulínia (46ª) e Hortolândia (50ª). Esse cenário evidencia que a região metropolitana e o interior paulista como um todo estão participando da retomada econômica e da geração de emprego formal.

Veja as 50 cidades com maior saldo de vagas no acumulado do ano:

São Paulo: 111.753; Osasco: 16.027; Guarulhos: 15.579; Campinas: 8.886; Sorocaba: 8.717; São José dos Campos: 7.952; Matão: 6.758; Santo André: 6.676; Bauru: 6.357; Santos: 5.606; Ribeirão Preto: 5.553; Barueri: 5.536; São Bernardo do Campo: 5.339; Jundiaí: 5.154; Franca: 4.411; São José do Rio Preto: 3.932; São Caetano do Sul: 3.615; Taubaté: 3.591; Piracicaba: 3.443; Bebedouro: 3.370; Limeira: 3.338; Cajamar: 3.155; Mauá: 3.145; Cotia: 3.043; Mogi Guaçu: 2.990; Diadema: 2.880; São Carlos: 2.658; São José do Rio Pardo: 2.655; Tatuí: 2.631; Atibaia: 2.613; Sumaré: 2.602; Birigui: 2.543; Presidente Prudente: 2.477; Mogi das Cruzes: 2.334; Araraquara: 2.077; Pontal: 1.987; Araçatuba: 1.880; Itaquaquecetuba: 1.868; Carapicuíba: 1.855; Indaiatuba: 1.837; Capela do Alto: 1.807; Botucatu: 1.800; Rio Claro: 1.774; Monte Mor: 1.708; Embu: 1.704; Paulínia: 1.690; Monte Azul Paulista: 1.680; Araras: 1.673; Jacareí: 1.671; Hortolândia: 1.595.