Unicamp tem 106 cientistas entre os mais influentes do mundo

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Com 106 pesquisadores listados, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) demonstra sua relevância no cenário internacional da ciência, figurando entre as instituições com mais nomes no prestigiado ranking dos cientistas mais influentes do mundo. A lista, que atesta uma evolução de mais de 80% desde 2020, é elaborada pela editora científica Elsevier e liderada por especialistas da Universidade de Stanford.

A pesquisa, que avalia o impacto de publicações científicas disponíveis no banco de dados Scopus, utilizou indicadores padronizados de citações para medir a influência dos pesquisadores. Além da lista anual, que aponta 106 cientistas da Unicamp como os mais influentes do ano, a instituição também teve 91 nomes reconhecidos pela trajetória de carreira.

Para a lista que considera a carreira, os critérios adotados são especialmente rigorosos, indo além do número bruto de citações. O levantamento analisa o Índice h (h-index), que mede a produtividade e o impacto do pesquisador ao longo do tempo, e também a autoria. É dada importância a trabalhos onde o cientista figura como autor único, primeiro autor ou último autor, posições que, no mundo acadêmico, são fortes indicadores de liderança científica e contribuição seminal na área de pesquisa. Essa profundidade metodológica valida a excelência dos pesquisadores da Unicamp.

O desempenho da Unicamp neste ano supera em 13,9% o verificado na pesquisa anterior, divulgada em 2024, quando 96 nomes estavam na listagem. Em uma perspectiva mais ampla, a evolução é de 82,7% em comparação com a 2020, quando o ranking incluía 58 cientistas da universidade. Os dados, que integram a 8ª edição do Updated science-wide author databases of standardized citation indicators, tiveram como base o ano de 2024.

No contexto nacional, o Brasil contabiliza 1.461 pesquisadores no ranking, 0,6% do total mundial, colocando o país na 24ª posição global. O estado de São Paulo concentra cerca de 40% dos nomes nacionais, com 577 cientistas. A Universidade de São Paulo (USP) lidera a lista brasileira com 287 cientistas, seguida pela Unicamp e Unesp, com 80 nomes.

O levantamento ressalta a importância das universidades federais, que somam mais de 600 cientistas, com destaque para as Universidades Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS, 61 pesquisadores), do Rio de Janeiro (UFRJ, 60) e de de Minas Gerais (UFMG, 57).