Produtos do Pará valorizados em seminário
Localização regional garante mais identidade à produção
Cacau de Tomé-Açu, queijo do Marajó, farinha de Bragança e waraná da Terra Indígena Andirá-Marau foram destaques no III Sigema, realizado em Belém. Essa localização regional valoriza os produtos.
Com foco na valorização de produtos tradicionais e no fortalecimento da economia regional, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), realiza o III Seminário Internacional de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas do Estado do Pará (Sigema), em Belém. O evento, iniciado nesta quinta-feira (11) e com encerramento previsto para esta sexta (12), reúne produtores, especialistas e representantes de organizações da sociobiodiversidade amazônica.
O seminário acontece no Parque de Bioeconomia e Inovações da Amazônia, no Armazém 5 do Porto Futuro II, e conta com palestras, painéis temáticos, feira de produtos regionais e rodas de conversa. A iniciativa tem o patrocínio da Vale, por meio do Instituto Tecnológico Vale, e financiamento do Fundo de Apoio à Cacauicultura do Estado do Pará (Funcacau), também coordenado pela Sedap.
Identidade
Durante a abertura, a coordenadora do evento e engenheira agrônoma da Sedap, Márcia Tagore, destacou a importância da Indicação Geográfica (IG) e das Marcas Coletivas (MC) como instrumentos de valorização cultural e econômica. "Hoje o mercado exige que o produto tenha e conte a sua história. O consumidor quer saber de onde vem o produto. E isso a gente tem condições de fazer, através desses instrumentos de propriedade intelectual", explicou.
A programação incluiu relatos de produtores que já conquistaram o reconhecimento, como o cacau de Tomé-Açu, o queijo do Marajó, a farinha de Bragança e o waraná (guaraná) da Terra Indígena Andirá-Marau, localizada entre o Pará e o Amazonas.
Experiência de sucesso
Representando a Casa Suzuki, o produtor Ernesto Suzuki compartilhou a trajetória da cooperativa na obtenção da IG para o cacau de Tomé-Açu, reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 2018. "Conquistamos a IG a partir de uma demanda do mercado em querer saber a origem do cacau consumido. Entre as vantagens, temos a organização identitária em torno da produção; a confiança do consumidor, que tem certeza da origem agroflorestal; e a possibilidade de novos negócios, o que tem sido muito importante para o nosso município", relatou.
Agência Pará
