Casos de dengue caíram quase pela metade no Tocantins em 2025
Mobilização estadual envolveu visitas domiciliares, limpeza urbana e orientações
O Tocantins registrou em 2025 um recuo expressivo, de 48,5%, nas ocorrências de dengue, conforme levantamento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
O balanço aponta diminuição relevante em comparação ao ano anterior, resultado atribuído ao esforço conjunto entre administração estadual, prefeituras e participação comunitária, com foco em medidas preventivas e controle ambiental ao longo dos últimos meses.
Comparação anual
Foram confirmadas 2.050 notificações neste ano, enquanto em 2024 o total havia chegado a 3.978. O cenário indica mudança no comportamento epidemiológico local, após períodos consecutivos de alta, especialmente em municípios com maior densidade populacional e histórico de circulação viral intensa.
Os casos de chikungunya também tiveram queda, passando de 704 para 400, o que representa redução de 43,3% no intervalo de um ano. Já a zika teve a maior variação proporcional, com diminuição de 76,5%, ao sair de 17 registros para apenas cinco no mesmo período avaliado.
O monitoramento dos indicadores segue de forma diária, com análise técnica e suporte direto aos municípios. O objetivo é garantir respostas rápidas diante de qualquer alteração no cenário, ampliar a cobertura das iniciativas preventivas e reduzir a probabilidade de novos surtos em épocas de maior sazonalidade.
Ações
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) coordena as estratégias que embasaram os números atuais. As ações incluíram campanhas informativas em diferentes meios, mutirões para retirada de resíduos, inspeções em imóveis, atividades educativas em escolas e comunidades, além da eliminação sistemática de recipientes com água parada.
Duas edições do Dia D estadual reforçaram a mobilização simultânea em várias regiões.
O governo estadual também participou dos Dias D Nacionais de Mobilização Contra a Dengue, integrando esforços com o Ministério da Saúde (MS) e demais unidades da federação.
As atividades buscaram ampliar o alcance das orientações, padronizar procedimentos e fortalecer a atuação das equipes locais de vigilância ambiental e epidemiológica.
Recomendações
Mesmo com o resultado favorável, a SES-TO reforça a necessidade de continuidade das medidas, sobretudo durante o período chuvoso, quando há aumento de pontos propícios à reprodução do inseto transmissor.
As chuvas elevam o risco de formação de focos em áreas residenciais, terrenos baldios e espaços públicos, o que, de acordo com a SES-TO, exige atenção constante da população.
Desta forma, a pasta recomenda as seguites ações como como práticas decisivas para evitar a proliferação do mosquito: a eliminação de recipientes expostos à chuva, o descarte correto de lixo e também a manutenção de caixas d'água vedadas.
Atuação municipal
Equipes municipais têm papel central na execução das atividades em campo. O trabalho inclui visitas regulares, orientação porta a porta e identificação precoce de possíveis focos.
A atuação descentralizada, segundo a SES, permite respostas mais adequadas às realidades locais, respeitando características urbanas e rurais de cada cidade.
Além disso, a gestão estadual destaca que a participação dos moradores permanece essencial para a manutenção dos índices em patamares mais baixos.
A expectativa da pasta é de que a combinação entre vigilância contínua, apoio técnico e engajamento social contribua para a preservação dos resultados ao longo do ano que virá.
As autoridades de saúde reforçam que a prevenção diária segue como principal ferramenta para reduzir riscos e proteger a população tocantinense.
Fonte: Secretaria de Comunicação do Tocantins (Secom-TO)
