Amazonas reduz 20,7% das mortes por Aids em uma década
Estado amplia testagem, prevenção e atendimentos
De 2013 a 2023, o Amazonas registrou queda de 20,7% nos óbitos relacionados à Aids, conforme divulgado pela Agência estadual de notícias. A informação consta no boletim mais recente do Ministério da Saúde sobre infecções que envolvem o vírus HIV.
A redução está ligada ao avanço das ações públicas contra essas doenças no estado, com ampliação da testagem, acesso ao tratamento e estratégias voltadas para impedir novas transmissões. O atendimento passou a alcançar mais pessoas em municípios do interior, fazendo com que o diagnóstico seja feito mais cedo e o acompanhamento aconteça de maneira contínua.
A expansão da rede também tem como foco manter os cuidados próximos dos moradores, permitindo que unidades locais assumam serviços que antes estavam concentrados em instituições da capital.
A descentralização, ainda de acordo com a Agência Amazonas de notícias, contribuiu para o aumento da oferta de estratégias preventivas, como o uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para pessoas com risco de contato com o vírus e da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) para quem passou por situação de possível contágio.
Com essa mudança, a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) concentrou sua atuação em pessoas que já convivem com o HIV, buscando garantir acompanhamento regular, acesso a medicamentos e monitoramento clínico.
A qualificação dos serviços envolveu o reforço do quadro funcional da instituição, quando recebeu novos profissionais de diversas áreas, incluindo enfermagem, medicina, fisioterapia, farmácia, nutrição, hemoterapia e patologia, responsáveis por apoiar o atendimento e as atividades de laboratório.
A execução de ações externas reforçou a estratégia de prevenção e busca ativa de casos.
Ao longo de 2025, iniciativas em diferentes localidades resultaram em atividades de testagem e entrega de insumos, com distribuição superior a 305 mil preservativos, 100 mil unidades de gel e 2 mil autotestes de HIV, além da realização de 3,5 mil exames rápidos.
As ações foram em capitais e no interior, com o objetivo de alcançar grupos que ainda enfrentam dificuldades para acessar serviços de saúde. O planejamento do estado é manter a queda nas mortes por Aids.
