A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) do Amazonas publicou o informe epidemiológico sobre esporotricose em pessoas e animais. Entre 1º de janeiro e ontem (30), foram notificados quase 1,9 mil registros humanos, sendo mais de 1,4 mil confirmados e 225 em análise. Houve um óbito no período.
Do total, mais de 1,3 mil ocorreram em Manaus. Os demais foram identificados em Presidente Figueiredo (34), Barcelos (26), Iranduba (9), Maués (6), Manacapuru (5) e Itacoatiara (4). No mesmo intervalo, houve quase 3,8 mil notificações em animais, com mais de 3,6 mil confirmações. Atualmente, 1,8 mil estão em tratamento e 1,6 mil resultaram em eutanásias ou mortes.
A maioria envolve gatos, que representam 97,4% dos registros, seguidos por cães, com 2,6%. Machos correspondem a 65,4% dos casos. A infecção é causada por fungos do gênero Sporothrix, encontrados no solo, vegetação e matéria orgânica em decomposição.
O enfrentamento da enfermidade conta com um grupo técnico formado por instituições estaduais e municipais de saúde, proteção animal e conselhos profissionais. O monitoramento é realizado por meio de ações conjuntas que incluem vigilância, diagnóstico e orientação à população.
A esporotricose pode atingir pessoas, gatos, cães e outros mamíferos. A transmissão ocorre pelo contato do fungo com ferimentos ou mucosas, em situações como cortes por espinhos ou madeira contaminada. Em animais, pode haver disseminação por arranhões, mordidas, lambidas, secreções ou contato com feridas.
A recomendação é que cães e gatos não circulem sem acompanhamento. Na suspeita da doença, a orientação é procurar atendimento imediatamente.