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AM: malária cai 12,99% com entrega de medicamentos

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) intensificou as ações de combate à malária com a entrega de 47 mil mosquiteiros tratados com inseticida e 38,4 mil medicamentos usados no atendimento da doença.

A iniciativa busca alcançar populações ribeirinhas, indígenas e comunidades em regiões de difícil acesso, onde a infecção ainda é frequente.

Os insumos fazem parte da estratégia estadual de prevenção e tratamento, executada em parceria com o Ministério da Saúde. Do total de medicamentos enviados, 33,3 mil foram destinados ao tratamento de malária vivax com Cloroquina e Primaquina, enquanto 5 mil tratamentos incluíram Tafenoquina em dose única, considerada um avanço para facilitar a adesão e reduzir abandonos.

Outros 4,9 mil kits foram voltados para pacientes com malária falciparum ou infecção mista. A utilização combinada dos remédios com mosquiteiros impregnados amplia a eficácia das medidas de controle de vetores em diferentes cidades.

Entre janeiro e agosto de 2025, o Amazonas notificou 39,1 mil casos da doença, número 12,99% menor em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 45 mil diagnósticos.

Do total deste ano, 34,2 mil foram provocados por Plasmodium vivax e 4,9 mil por Plasmodium falciparum.

Segundo a Agência Amazonas de notícias, a redução é resultado de ações de prevenção, diagnóstico precoce e monitoramento contínuo das áreas de maior risco.

Os municípios que mais concentraram notificações no período foram São Gabriel da Cachoeira, com 6,3 mil registros, Barcelos, com quase 4,9 mil, e Manaus, com 3,9 mil.

Também apresentaram números elevados Tefé, Santa Isabel do Rio Negro, Amaturá, Humaitá, Atalaia do Norte, Carauari, Lábrea, Guajará e Santo Antônio do Içá.

Grande parte dos casos ocorreu em territórios indígenas, onde a logística de atendimento enfrenta barreiras como deslocamento fluvial e cobertura limitada de serviços de saúde.

As ações coordenadas pela FVS incluem treinamentos para profissionais da rede pública, distribuição permanente de insumos e vigilância epidemiológica em municípios prioritários, segundo o plano estadual de eliminação da malária.