O Acre registrou em 2024 valor de R$ 115,8 milhões na produção da extração vegetal, segundo dados da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa alta de 1,8% em relação a 2023, com destaque para a retomada da madeira em tora manejada, após retração no ano anterior.
A castanha-do-Pará manteve a liderança do setor, respondendo por 51% do total. Foram 9.945 toneladas colhidas, movimentando mais de R$ 32 milhões em municípios como Xapuri, Brasileia e Rio Branco.
Mesmo com recuo no preço pago ao produtor, a produção aumentou 5%. A madeira em tora apresentou crescimento expressivo, com 219,1 mil metros cúbicos extraídos.
O valor passou de R$ 19,2 milhões para R$ 26 milhões, um avanço de 35,2%.
Feijó respondeu por mais da metade do volume, seguido de Bujari e Rio Branco.
Outro item em alta foi o látex coagulado, com R$ 14,9 milhões e 769 toneladas, a um preço médio de R$ 19,80 por quilo. Xapuri liderou, com R$ 4,9 milhões, seguido de Senador Guiomard e Brasileia.
O açaí também cresceu, com aumento de 2,4% na produção e 6,5% no valor, alcançando R$ 7,5 milhões. Foram 4.145 toneladas, das quais 1,5 mil saíram de Feijó.
O desempenho do extrativismo no Acre revela a importância econômica de produtos florestais, movimentando cadeias produtivas, gerando renda e envolvendo comunidades em práticas baseadas no manejo de recursos naturais. Além do impacto financeiro, para a gestão estadual, os números reforçam o papel do extrativismo na conservação ambiental e na valorização de conhecimentos tradicionais associados ao uso sustentável das florestas.