O Acre apresentou crescimento de 13,5% no valor da produção agrícola em 2024, alcançando R$ 838,5 milhões.
O levantamento também apontou aumento de 2,5% na área colhida, que chegou a 97.461 hectares. Os dados são da Produção Agrícola Municipal (PAM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo mostra que as culturas temporárias e de longa duração responderam por 76% do valor total, enquanto as permanentes ficaram com 24%. A PAM é considerada uma das principais fontes de estatísticas municipais sobre agricultura, reunindo informações de 64 produtos em todo o Brasil.
O levantamento traz recorte detalhado por município, abrangendo 22 culturas temporárias e permanentes. A pesquisa mede variáveis como área plantada, rendimento médio, área colhida e valor de produção, e serve de base para planejamento público, privado, e estudos acadêmicos.
No cenário nacional, o desempenho foi negativo. O valor da produção das principais culturas alcançou R$ 783,2 bilhões, o que representa queda nominal de 3,9% em relação a 2023. A retração se deve à redução de 7,5% na produção de grãos e à queda nos preços de itens de grande relevância, como milho e soja.
No Acre, a mandioca foi destaque. A produção chegou a 495,9 mil toneladas, com valor de R$ 329,5 milhões, o equivalente a 39% do estadual, ante 33% em 2023. A cultura está presente em diversas regiões do estado e tem ligação direta com a agricultura familiar.
O grupo de cereais e oleaginosas movimentou R$ 266,3 milhões no Acre, incluindo milho, soja, feijão, arroz, amendoim e sorgo. O milho registrou recuo de 14,4% na produção, que somou 119.066 toneladas. O valor caiu 2,7% e fechou em R$ 128,1 milhões.
A soja, por sua vez, cresceu 32,4% em volume, alcançando 60.554 toneladas. O valor de produção subiu 18,2% e atingiu R$ 117,8 milhões.
O valor de produção do café aumentou 59,9% em 2024 e chegou a R$ 44,9 milhões. Foram colhidas 3 mil toneladas, com expectativa de expansão em razão de novas áreas em desenvolvimento que devem atingir produção plena a partir de 2025. O preço médio recebido pelos produtores passou de R$ 9,8 mil por tonelada em 2023 para quase R$ 15 mil em 2024.