O Pará não registra ocorrências de roubo a banco na modalidade conhecida como "novo cangaço" há dois anos.
Esse resultado é apontado pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) como consequência de investimentos em tecnologia, integração de forças policiais e ações de inteligência. O último episódio desse tipo ocorreu em setembro de 2023, no município de Viseu, e foi esclarecido com a prisão dos envolvidos.
Em 2018, foram 19 registros, o que demonstra uma redução histórica na comparação com os dados mais recentes.
Entre as medidas adotadas, estão a reestruturação da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro e a criação da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Ambas atuam em investigações e prisões relacionadas a esse tipo de crime.
O governo estadual também implementou cursos de capacitação e simulados técnicos para treinar agentes em situações de crise.
Um dos exercícios recentes ocorreu em Castanhal e reproduziu um ataque a uma transportadora de valores, com a participação de forças policiais e apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Outro ponto destacado é a atuação do Comitê Permanente de Enfrentamento às Ações Criminosas Contra Instituições Bancárias e Transportes de Valores, criado em 2022.
O grupo reúne especialistas para planejar estratégias de prevenção e combate, além de discutir aquisições de equipamentos como viaturas blindadas, drones táticos, óculos de visão noturna e armas para atiradores de precisão. O comitê também promove ações de inteligência que visam desarticular grupos antes da execução de crimes.
Outros destaques
Além da queda nos casos de ataques a bancos, o estado contabiliza quase três anos sem registros de assaltos a carros-fortes. Segundo as forças de segurança, a combinação de investimentos, integração de informações e operações específicas tem permitido antecipar ações de quadrilhas e reduzir a possibilidade de ocorrência desse tipo de crime.
O Pará segue como um dos poucos estados que não registram casos recentes de roubos a instituições financeiras com uso de violência extrema.