Acre, Amazonas e Rondônia unem ações contra a aftosa

Cooperação firmada para manter certificação sem vacinação

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Os governos do Acre, Amazonas e Rondônia assinaram um termo de cooperação técnica para reforçar a proteção da zona livre de febre aftosa sem vacinação. O documento institui um plano de contingência com ações coordenadas de prevenção, monitoramento e resposta rápida a possíveis focos da doença na tríplice fronteira.

A medida visa preservar o status sanitário reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e mantido pelo Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O acordo, assinado na última quinta-feira (7), em Rio Branco (AC), prevê fiscalização integrada, mapeamento de pontos vulneráveis e registro de animais e produtos com risco sanitário. Também cria uma comissão interestadual, formada por representantes dos serviços veterinários oficiais e do setor privado, para acompanhar a execução e avaliar resultados.

As reuniões periódicas servirão para atualizar protocolos e adotar medidas conforme a evolução do cenário.

O Acre recebeu o selo de área livre de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021.

O Amazonas foi certificado em 29/7, após a entrega do documento pelo Mapa, e Rondônia já integrava o bloco reconhecido internacionalmente.

O Brasil, como um todo, obteve o reconhecimento da OMSA em maio de 2025.

O novo status sanitário permite a redução de custos para produtores, que deixam de aplicar a vacina, e amplia o acesso a mercados que exigem a certificação para importar carne.

A manutenção da condição, no entanto, depende de vigilância constante, especialmente em áreas de fronteira, onde o risco de reintrodução do vírus é maior. Com o termo assinado, as agências de defesa agropecuária — Idaf (Acre), Adaf (Amazonas) e Idaron (Rondônia) — assumem o compromisso de seguir protocolos unificados de prevenção e controle, reforçando a troca de informações e o intercâmbio técnico.

Segundo as agências estaduais, as medidas visam garantir que a região permaneça livre da doença e que a pecuária mantenha a credibilidade junto ao mercado nacional e internacional. O plano ainda será apresentado à OMSA como parte das ações permanentes para preservar a certificação e evitar impactos econômicos em caso de ocorrência da doença.