Agropecuária dobra e desmate cai em Rondônia
Estado amplia produção rural, com proteção ambiental
Rondônia alcançou bons resultados no campo e, ao mesmo tempo, reduziu a área desmatada nos últimos seis anos.
Dados do MapBiomas mostram que a devastação passou de 123 mil hectares em 2019 para 21 mil hectares em 2024.
Enquanto isso, a agropecuária avançou e quase dobrou o Valor Bruto da Produção (VBP). Em 2019, o total era de R$ 16,7 bilhões e, em maio de 2025, chegou a R$ 32 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
O crescimento é puxado por lavouras, pecuária e piscicultura. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rondônia produziu 3,4 milhões de toneladas nas lavouras em 2019 e subiu para 4,7 milhões em 2024.
O rebanho bovino teve leve alta, indo de 17,8 milhões para 18 milhões de cabeças, conforme a Agência Idaron. Na piscicultura, a produção ficou em 56,9 mil toneladas em 2024, consolidando o estado como maior produtor de tambaqui.
A redução do desmatamento foi reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Rondônia teve o maior recuo percentual na Amazônia Legal entre agosto de 2023 e julho de 2024, com queda de 62,5%. O levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que o estado superou Mato Grosso, Pará, Amazonas, Tocantins, Acre e Maranhão.
Em Roraima, houve aumento no período. Para manter a queda no desmate, o governo local investe em ações de fiscalização, uso de tecnologia, educação ambiental e programas de combate a crimes ambientais.
Já na agricultura e pecuária, o incentivo vem com apoio técnico e projetos que fortalecem as cadeias produtivas. Esses esforços têm reflexo direto nos números. Rondônia ocupa o segundo lugar no Norte no ranking do VBP e tem posição de destaque em diversos produtos.
É o maior produtor de café da região, com 2,8 milhões de sacas, e o quinto do Brasil. Também lidera o Norte em rebanho bovino e é o sexto no país, com mais de 18 milhões de cabeças.
O estado figura ainda como o maior criador de peixe nativo, o maior produtor de leite da região e o décimo do Brasil.
Na produção de cacau, está em segundo lugar no Norte e quarto no país, com 8 mil toneladas de amêndoas secas ao ano. Produtos locais receberam reconhecimento internacional.