Fundo Amazônia apoia alimentação escolar no Acre

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai destinar R$ 24 milhões para um projeto que busca fortalecer a alimentação escolar no Acre.

A verba vem do Fundo Amazônia e será aplicada na compra de alimentos produzidos por povos indígenas, agricultores familiares, extrativistas, assentados e ribeirinhos.

A ação, chamada "Nosso Paneiro", atenderá escolas municipais nas áreas rurais de Capixaba, Xapuri, Mâncio Lima e Marechal Thaumaturgo. Também vai abranger escolas estaduais indígenas nos municípios de Feijó, Tarauacá, Mâncio Lima e Marechal Thaumaturgo.

A proposta tem como objetivo melhorar o acesso dos estudantes a alimentos saudáveis, além de gerar renda para as famílias produtoras.

O projeto vai investir na estrutura das escolas, com a compra de freezers e armários, além de oferecer capacitação aos trabalhadores envolvidos.

O financiamento foi viabilizado por meio de uma parceria entre os ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, do Desenvolvimento Agrário, do Meio Ambiente e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, com participação do BNDES.

O "Nosso Paneiro" é a primeira proposta aprovada dentro da chamada pública "Amazônia na Escola: Comida Saudável e Sustentável".

A seleção contempla dez projetos na região da Amazônia Legal, todos com foco em fortalecer a produção local e estimular o consumo de alimentos oriundos da agricultura familiar nas escolas.

No Acre, o projeto busca integrar duas frentes principais. A primeira foca no fortalecimento da produção, com apoio às organizações comunitárias.

A segunda estimula a compra dos alimentos diretamente dessas comunidades, que passam a fornecer para a alimentação escolar nas redes públicas.

A operação será conduzida pela Associação SOS Amazônia, sediada em Rio Branco.

Segundo a Agência Acre de notícias, a organização tem quase quatro décadas de atuação em ações de conservação ambiental e desenvolvimento comunitário. A Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-Acre) será responsável por executar as atividades voltadas às populações indígenas. Além da entrega de alimentos, a iniciativa prevê melhorias na logística, armazenamento e transporte.