Pará completa um ano como área livre da febre aftosa
Com 26 milhões de bovinos, estado tem o segundo maior rebanho
O Pará completou um ano como área livre da febre aftosa sem vacinação, de acordo com a agência estadual de notícias.
A última campanha de imunização do rebanho foi realizada em abril de 2024, marcando uma nova etapa para a pecuária local. O município de Marabá, onde ocorreram as primeiras ações de controle da doença em 2007, simbolizou o encerramento dessa fase.
Com o novo status sanitário, o estado passou a adotar um modelo baseado em vigilância ativa. A Agência de Defesa Agropecuária (Adepará) intensificou o monitoramento, com inspeções clínicas em animais, identificação de propriedades e fiscalização contínua.
Essas medidas buscam manter a segurança do rebanho e garantir a continuidade das exportações, especialmente de gado vivo. A retirada da vacina exige que os produtores estejam atentos a sintomas como febre, salivação, feridas na boca e lesões nas patas. A comunicação de qualquer suspeita à Adepará é obrigatória.
Para responder a essas exigências, a equipe técnica do serviço veterinário passou por treinamentos realizados em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária.
Nos locais de pré-embarque, onde os bois aguardam antes da exportação, houve reforço nas ações. Os profissionais foram orientados sobre os procedimentos padrão para análise e notificação de casos suspeitos de doenças vesiculares.
O trabalho foca na coleta de amostras e no envio de informações ao sistema federal de controle sanitário.
O estado tem hoje 19 estabelecimentos desse tipo.
O Pará lidera a exportação de bois vivos no Brasil, com 51,9% do total, à frente de Rio Grande do Sul e São Paulo.
Os principais destinos são países do Oriente Médio e Norte da África, com destaque para Iraque, Egito, Líbano e Marrocos. A carne bovina também se destaca entre os produtos enviados ao exterior. Em 2024, o Pará exportou para 76 países.
A China foi o maior comprador, seguida por Israel, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Singapura.
Os bois vivos puxaram o crescimento de 113,9% nas exportações de animais, somando US$ 492,4 milhões.
Para alcançar o reconhecimento internacional, os órgãos paraenses passaram um ano sem vacinar e sem receber animais imunizados.