Com agenda em Belém, Lula acompanha obras da COP30

Presidente visita Pará e anuncia investimentos para infraestrutura

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda em Belém (PA) nesta sexta-feira (14), onde visita as obras do Parque da Cidade, local que sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30.

Em seguida, participa da cerimônia de divulgação dos investimentos do Governo Federal relacionados ao evento.

O Parque da Cidade, que tem mais de 500 mil metros quadrados e uma área paisagística de 50 hectares, recebe um investimento de R$ 980 milhões. Segundo o governo, 74% das obras estão concluídas.

O local será um dos principais pontos de encontro da conferência, reunindo lideranças internacionais para debates sobre mudanças climáticas.

Durante a visita, Lula também pode sobrevoar obras de macrodrenagem e urbanização das bacias do Tucunduba e Murutucu, que abrangem nove canais, incluindo os de Vileta, União, Leal Martins e Timbó.

O investimento total nessas intervenções é de R$ 739 milhões, com o objetivo de melhorar a infraestrutura e reduzir enchentes, beneficiando cerca de 300 mil moradores.

Outras iniciativas em execução na capital paraense incluem o Parque Linear da Almirante Tamandaré e o Terminal Fluvial do Tamandaré.

Que a Amazônia fale

Na quarta-feira (12), em entrevista à Rádio Diário FM de Macapá, o presidente falou sobre a importância do evento.

"Quando decidimos fazer a COP30 em Belém é porque quero que a Amazônia fale pro mundo. Eu quero que eles venham ver a exuberância da Amazônia, a qualidade humanista do povo do norte do país, do povo do Amapá, do Pará, de Roraima, do Amazonas", disse.

Ainda durante a entrevista, ele comentou sobre as promessas que os países ricos fizeram de financiar a preservação da Amazônia, essencial para o clima do planeta.

"Nós queremos discutir seriamente. Vão financiar ou não? Na COP de 2009, eu era presidente. Lá, os países ricos prometeram 100 bilhões de dólares para que os países que tivessem a floresta em pé mantivessem a floresta. Não deram.", enfatizou Lula.

Ele continuo afirmando que, "depois, prometeram 300 bilhões. Não deram. Agora, a necessidade já é de 1 trilhão e 300 bilhões de dólares. Fica cada vez mais difícil", concluiu.