Desde a pandemia, capivaras vivem em parque de Belém
Animais auxiliam na biodiversidade e inspiram cuidados locais
O Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém (PA), registrou, pela primeira vez, a presença de capivaras desde a pandemia de Covid-19, quando a redução na circulação humana atraiu os animais ao local.
Com alimentação abundante e áreas verdes, a população desses herbívoros cresceu de sete para cerca de 80 indivíduos, segundo os dados dos estudos mais recentes.
As informações foram divulgadas, na última quinta-feira (23), pela Agência Pará, o portal oficial de notícias do governo paraense.
Pesquisadores afirmam que elas vieram de regiões vizinhas, como o Parque Estadual do Utinga, utilizando o rio Guamá como rota de migração.
A convivência de seres humanos com os animais exige cuidados específicos para garantir a segurança de visitantes e preservar a fauna local.
Especialistas alertam para a necessidade de evitar contato direto com as capivaras, que podem reagir de forma defensiva, especialmente quando estão com filhotes.
Também é recomendada, segundo a Agência Pará, atenção para evitar doenças transmitidas por carrapatos.
Embora nenhum caso tenha sido registrado nas dependências do parque, campanhas educativas buscam conscientizar o público sobre o tratamento adequado aos animais.
Além de encantar frequentadores, as capivaras desempenham um papel essencial no ecossistema da região.
Alimentando-se de vegetação local, controlam o crescimento excessivo de plantas e ajudam na fertilização do solo por meio de seus dejetos, que funcionam como adubo natural, devolvendo nutrientes ao meio-ambiente.
Essa interação entre os grandes roedores e a vegetação contribui para a manutenção das áreas verdes do parque e do Campus Universitário do Guamá, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O PCT Guamá, situado às margens do rio que dá nome ao complexo, é uma iniciativa do governo do Pará em parceria com as universidades federais da região e é gerido pela Fundação Guamá.
Com 72 hectares, sendo parte destinados à proteção ambiental, o espaço abriga mais de 30 empresas, 12 laboratórios de pesquisa e é o primeiro parque tecnológico em operação na região Norte.