Rondônia reforça segurança pública após onda de crimes

Força Nacional e estados colaboram para estabilizar a região

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Desde o início da semana, Rondônia enfrenta uma onda de ataques criminosos que alarmou a população. Na segunda-feira (13), ao menos três ônibus foram incendiados em Porto Velho, levando à paralisação total do transporte coletivo no dia seguinte. Motoristas e cobradores relataram ameaças e riscos à integridade física, o que motivou a retirada imediata dos veículos de circulação.

Na quarta-feira (15), o governo estadual anunciou o envio de reforços da Força Nacional de Segurança Pública, com autorização do Ministério da Justiça. O contingente atuará por 90 dias em apoio às polícias estaduais, com foco em ações de patrulhamento e preservação da ordem.

Além disso, o estado proibiu temporariamente a venda de combustíveis em recipientes avulsos, por meio do Decreto 29.954, também publicado na quarta. A medida busca dificultar ataques com uso de materiais inflamáveis.

No mesmo dia, 32 policiais militares do Amazonas começaram a atuar no estado, reforçando a segurança em Porto Velho. A operação é parte de uma cooperação entre estados da região para combater facções criminosas. O Acre e o Mato Grosso também enviaram efetivos para colaborar com as ações.

Na quinta-feira (16), o transporte público voltou a operar parcialmente, mas com horários reduzidos e retirada dos veículos no início da noite. Apesar do policiamento intensificado, novos incidentes foram registrados, o que mantém a sensação de insegurança.

Desde o início das operações, as forças de segurança prenderam 14 suspeitos, apreenderam sete armas de fogo e realizaram mais de mil abordagens. As ações se concentram na Zona Leste de Porto Velho, especialmente no Residencial Orgulho do Madeira, uma das áreas mais afetadas.

Para fortalecer a fiscalização, o governo estadual entregou, também na quinta-feira, um pacote de investimentos em equipamentos de segurança, incluindo 30 motocicletas, quatro viaturas com tecnologia OCR para identificar veículos roubados, rádios digitais e etilômetros. O investimento, de R$ 10 milhões, é parte de uma estratégia para aumentar a presença do estado nas ruas.

As autoridades avaliam que as medidas adotadas, embora emergenciais, são essenciais para estabilizar a situação.