Equipes de resgate retomaram, na manhã de terça-feira (8), as buscas pelos dois desaparecidos após o desmoronamento do Porto da Terra Preta, em Manacapuru (AM), às margens do rio Solimões, na Região Metropolitana de Manaus. Uma menina de seis anos, e um homem de 36 anos, são procurados. Nove pessoas ficaram feridas.
As equipes contam com mergulhadores e bombeiros enviados de Manaus. Os trabalhos se concentram na região do porto de Terra Preta, onde o deslizamento provocou a abertura de uma enorme cratera. Dos nove feridos, sete seguem internados no Hospital Regional Lázaro Reis.
Inicialmente, na manhã de terça-feira, a Prefeitura de Manacapuru, por meio da Defesa Civil do município, informou que quatro pessoas estavam desaparecidas. Horas depois, em coletiva de imprensa, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), responsável pelas buscas, atualizou o número para duas pessoas.
A menina que está desaparecida foi identificada como Letícia Correia de Queiroz, de seis anos. A casa flutuante em que ela vivia com a família foi levada pelo deslizamento do barranco. Segundo a família, na hora do acidente, ela estava com dois irmãos mais velhos, que conseguiram se salvar.
O outro desaparecido é Frank Lins Pinheiro de Souza, de 37 anos. De acordo com o coronel Alexandre Freitas, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, informações repassadas pelas equipes de busca garantem que os dois desaparecidos estão dentro do rio.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela fiscalização da estação hidroviária próxima ao acidente, sinalizou a área, alertando para que as pessoas mantenham distância. Uma equipe de técnicos será enviada de Brasília para fazer uma análise geológica do terreno e também mapear o impacto do deslizamento na estrutura do porto. A Marinha informou que vai instaurar um inquérito para apurar o acidente.
De acordo com o coronel Máximo, da Defesa Civil, ainda não é possível confirmar que o desabamento foi causado pelo fenômeno de terras caídas, que ocorre durante o período de estiagem na região amazônica. A seca de 2024 já é considerada a pior da história em impactos econômicos e sociais.