A Secretaria de Saúde de Tocantins organizou o 1° Seminário de Hanseníase do estado, no auditório da Assembleia Legislativa em Palmas. O objetivo do encontro foi apresentar o Plano de Enfrentamento à Hanseníase e discutir o perfil epidemiológico da doença na região.
O evento, voltado para profissionais de saúde, gestores municipais e coordenadores de vigilância epidemiológica dos 139 municípios do Tocantins, abordou diversos temas, incluindo o fluxo da regulação de consultas e exames, a linha cronológica da doença e instruções para o cuidado do paciente com hanseníase no estado, além de palestras sobre os estigmas da doença e a importância do autocuidado.
Perciliana Bezerra, superintendente de Vigilância em Saúde, ressaltou que o Tocantins é considerado um estado superendêmico para a hanseníase. "Ainda temos municípios sem registro de casos de hanseníase, demonstrando que precisamos nos capacitar, pois isso não indica a erradicação da doença naquele território, mas sim a falta de um diagnóstico precoce", informou.
Gisele Luz, diretora das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis enfatizou a importância do evento para fortalecer a rede de atenção à saúde. "A hanseníase é uma condição crônica que exige um acesso adequado aos serviços de saúde, a integralidade e longitudinalidade do cuidado, articulação social, esclarecimento à família e uma adequada vigilância desde a detecção até a alta do paciente. Por isso, é tão importante fazer eventos como este, que te fazem lembrar a doença", disse.
Reagan Nzundu, consultor técnico do Ministério da Saúde, destacou a relevância da Estratégia Nacional de Enfrentamento à Hanseníase, desenvolvida de forma participativa.
