Em Belém (PA), o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) celebrou o "Dia Nacional do Livro Infantil" com uma homenagem ao cartunista e escritor Ziraldo Alves Pinto, autor de "O Menino Maluquinho". O evento promoveu diversas atividades, como contações de histórias bilíngues, sendo uma delas conduzida por Hellayne Sousa e outra por Luãn Tavares, que usou a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para contar a narrativa. Além disso, houve uma exposição das principais obras produzidas por Ziraldo.
Denise Morais, bibliotecária do CIIR, ressaltou a importância de incentivar a leitura desde a infância e destacou Ziraldo como um autor que contribui significativamente para o aprendizado das crianças. Segundo ela, a leitura vai além da simples identificação de letras e símbolos e favorece também o raciocínio, a compreensão, além de estimular diversas áreas, como a criatividade.
Um exemplo inspirador é o caso de Augusto Borges, de 10 anos, acompanhado por sua mãe, Lívia Rodrigues, que participou das contações de histórias. A prática se tornou rotineira em sua casa após conhecer os projetos de leitura na Biblioteca do CIIR, o que contribuiu para seu desenvolvimento, inclusive no processo de pronunciar palavras, conforme relatado por sua mãe.
"Quando chegou, o Augusto era autista não verbal. Em meio aos atendimentos, fomos participando de eventos de leitura e criamos um hábito de ler em casa", disse Lívia.
O CIIR também oferece um espaço literário diariamente, com um acervo diversificado, incluindo obras em braile, proporcionando acesso à informação e cultura para profissionais, usuários e acompanhantes. Denise Morais destaca que a leitura é uma viagem que permite conhecer diferentes culturas e costumes, promovendo a inclusão social.
Desde 2019, os usuários do CIIR têm acesso ao projeto "Circulando Livros", que disponibiliza um carrinho com cerca de 100 livros, circulando pelos diversos setores da instituição. Além disso, o Centro promove o "Clube de Leitura ao ar livre" mensalmente, incentivando a prática da leitura e a interação social.
O espaço conta ainda com uma estrutura dedicada à assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs). Os usuários têm acesso aos serviços por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação.
