A Operação "Fachada II", liderada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), cumpriu onze mandados de busca e apreensão em quatro municípios paraenses: dois em Baião, um em Peixe-Boi, quatro em Ananindeua e quatro em Belém.
As ações tiveram o intuito de combater um esquema de fraudes e sequestro de bens. O suposto grupo criminoso é composto por empresários suspeitos de utilizar empresas e sócios fictícios, entre os anos de 2021 e 2024. Durante as investigações, um servidor da Câmara Municipal de Baião foi afastado.
Conforme determinação judicial, foram suspensos contratos administrativos firmados pela Câmara de Baião com os empresários investigados na operação, em virtude das suspeitas de fraude à licitação e à execução contratual.
A Operação Fachada II é um desdobramento da Operação Fachada I, que revelou a atuação de empresários envolvidos em atividades criminosas e que agiam de maneira semelhante em outras localidades, com crimes licitatórios; fraude na execução de contratos; peculato e associação criminosa, envolvendo servidores públicos, nomes de empresários fictícios e empresas inexistentes.
Foi constatado que duas empresas utilizadas nas licitações e contratos são fictícias. Além disso, alguns sócios registrados nos contratos das empresas não tinham conhecimento da suposta participação como proprietários.
Um dos indivíduos relatou à Promotora de Justiça que está sofrendo prejuízos após ser incluído como sócio da empresa. Depois de ter o nome incluso como sócio, ele se tornou inapto para receber benefícios sociais destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade.
