A abertura da Mostra Estudantil de Arte e Cultura Indígena (Maloca) ocorrerá na quarta-feira (18), às 8h30, no Teatro Guaporé, em Porto Velho (RO). O evento é aberto ao público e seguirá até o dia 19, com uma variedade de apresentações artísticas, como música, dança, fotografia, cinema e exposições de artes visuais. A iniciativa busca promover as artes no ambiente escolar e incentivar o intercâmbio entre alunos que também são artistas indígenas da Rede Pública Estadual de Ensino em diversas formas de expressão artística.
A cerimônia de abertura oficial está programada para as 14h. Segundo a titular da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Ana Pacini, a mostra promove a troca de saberes entre alunos, indígenas e educadores, o que contribui para a formação artística e mantém viva as tradições culturais nas diversas etnias.
"Nossa meta é incentivar a produção artística indígena de grande porte, contribuindo para experiências dos estudantes em um contexto mais amplo que o da produção feita em sala de aula. Essa iniciativa vai de encontro ao que diz a Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), segundo a qual o Ensino Fundamental deve promover o acesso aos códigos de leitura e da escrita, bem como das capacidades individuais e coletivas necessárias ao convívio social da pessoa indígena, com a comunidade a que pertence", explicou.
Este ano, um total de 98 estudantes matriculados em escolas sob a jurisdição das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) de Alta Floresta, Cacoal, Costa Marques, Espigão do Oeste, Extrema, Guajará Mirim, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Porto Velho, São Francisco do Guaporé e Vilhena se inscreveram para participar da mostra. Esses alunos representam 25 etnias diferentes, incluindo Aikanã, Amondawa, Arara, Arikapu, Cinta Larga, Gavião, Jaboti, Massaca, Kampé, Karitiana, Kaxarari, Kwazá, Kwazá Aikanã, Latundê, Makurap, Mamaindê, Oro Eo, Oro Mon, Oro Nao, Oro Waram, Oro Waram Xjein, Puruborá, Sabane, Suruí e Tupari.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a iniciativa fortalece a valorização da cultura e da arte indígena. "Eventos como este incentivam o respeito e a preservação das tradições ancestrais das comunidades indígenas", ressaltou.
