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Escola do Acre recebe carne estragada

Um vídeo gravado na Escola Jornalista Armando Nogueira, em Rio Branco (AC), mostra a péssima qualidade das carnes que são servidas para os alunos. Os insumos são entregues por uma empresa terceirizada da Secretaria de Estado de Educação do Acre.

No inventário, foram registrados quase 50 quilos de carne, porém, apenas 30 quilos puderam ser aproveitados. Após um árduo trabalho, as merendeiras conseguiram remover as peles e as partes deterioradas do alimento. No vídeo, é visível que uma parcela significativa da carne apresentava uma coloração escura.

No mesmo período, alunos da unidade passaram mal, no entanto, as causas não foram identificadas.

Posteriormente, foi relatado que a diretora da Escola Armando Nogueira, Ada Cristina, teria sido afastada pela Secretaria de Estado da Educação (SEE) após denunciar a péssima qualidade dos alimentos ao órgão estadual.

Em 2020, a Secretaria de Estado da Educação foi alvo de investigações da Controladoria Geral do Estado (CGE), da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Polícia Civil, em decorrência de denúncia ao governador Gladson Clameli sobre desvios de alimentos destinados à merenda escolar da rede pública.

Conforme o procedimento instaurado pelo Ministério Público do Acre, ao analisar as notas fiscais de novembro de 2019 e compará-las com os recibos, foi constatado um valor de R$ 19,5 milhões sem comprovação efetiva de entrega da merenda.

"A qualidade dos produtos entregues às escolas da rede pública estadual é, sobremaneira, inferior aos constantes nos contratos pactuados entre os estado e as empresas", informa o documento.

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