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Pará apresenta "chocolate da floresta" em Harvard

Participaram do evento o governador do Pará e a ministra dos Povos Indígenas | Foto: Thalmus Gama / Ag. Pará

Na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, durante a Brasil Conference, no último domingo (7), os participantes do evento foram apresentados ao "chocolate da floresta", elaborado pela empreendedora Izete Santos Costa, conhecida como Dona Nena, proprietária da marca Filha do Combu. O nome da empresa se deve ao fato do chocolate ser produzido na Ilha do Combu, em Belém (PA).

No vídeo exibido no decorrer da palestra, Dona Nena compartilhou suas experiências, como a participação na visita do presidente da França, Emmanuel Macron, a Belém, no final de março. A empresária chegou em Harvard ao lado de uma comitiva com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e o governador do Pará, Helder Barbalho.

Guajajara contou que a expectativa para a COP (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) em Belém é significativa. Ela ressaltou os preparativos em andamento por parte do governo federal e anunciou um chamamento público para qualificar a população indígena.

A ministra classifica como fundamental a participação dos jovens indígenas, já que eles têm conhecimento do assunto e tomam decisões que vão impactar o futuro. "Vamos chamar os jovens indígenas para fazer a diplomacia indígena. Vamos fazer isso para os diversos temas que são debatidos", disse.

Helder enfatizou a importância de Dona Nena como um exemplo vivo da bioeconomia para o estado, que é o maior produtor de cacau do Brasil. O governador convidou o mundo a se unir à COP da floresta em Belém e afirmou que essa edição vai ser a de maior mobilização na história. Helder ainda argumentou que a COP representará o retorno das discussões sobre soluções ambientais e sobre a negociação de acordos.

Também participaram do evento o chefe do Setor Público da Amazon Web Services, Paulo Cunha, e do líder da ONG Re:Wild no Brasil, Rodrigo Medeiros, fundada pelo ator Leonardo Di Caprio.

Paulo Cunha abordou o acordo de Paris e a possibilidade de antecipar a meta de neutralização das emissões de carbono para 2040. Ele também ressaltou a participação do Pará na Coalizão Leaf — parceria público-privada única focada em deter o desmatamento tropical até 2030 — e as discussões sobre créditos de carbono.

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