A Polícia Civil de Tocantins iniciou uma investigação no início deste ano, para apurar as ações de um técnico de informática, em Palmas (TO), que é suspeito de invadir computadores para obter dados pessoais das vítimas. Os agentes cumpriram dois mandados de busca domiciliar em imóveis do investigado durante a Operação Freeloader (em português: aproveitador) e encontraram ainda mais indícios do crime. A suspeita é de que ele pretendia extorquir a vítima, após obter informações sobre ela, de forma ilegal.
De acordo com as investigações, o homem interagia com os amigos de uma vítima através de redes sociais. O suspeito agia quase sempre da mesma forma. Enquanto se passava pela pessoa, ele criava uma história e confessava um falso relacionamento extraconjugal, a fim de extorquir a verdadeira dona dos perfis.
O delegado da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) Lucas Brito Santana explica que as investigações começaram após a vítima denunciar a suspeita em relação ao técnico de informática. Ela contou que entregou o notebook para que o homem realizasse uma manutenção rotineira no aparelho.
"Segundo ela, tão logo o dispositivo retornou dos serviços de assistência técnica, as interações e os acessos criminosos se iniciaram. Assim, com o aprofundar das investigações, a suspeita foi confirmada, razão pela qual, após representação e autorização judicial, foram cumpridos dois mandados de busca domiciliar em imóveis vinculados ao investigado, onde foram apreendidos diversos dispositivos informáticos que serão remetidos para análise pericial", informou o delegado.
O delegado alerta a população sobre os cuidados a serem tomados quando computadores, notebooks e celulares forem encaminhados para a assistência técnica. "Orientamos que, antes, sejam feitas cópias de segurança dos arquivos importantes e sensíveis em outro dispositivo. Também é importante atenção especial com os perfis em redes sociais, cujas sessões devem ser encerradas, a fim de que não sejam indevidamente acessadas por terceiros", destacou o delegado.
Repartições públicas do estado também já foram alvos de cibercriminosos. Em janeiro do ano passado, os sites governamentais do Tocantins foram alvos de um ataque cibernético, quando foram publicadas nos portais montagens em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecia preso.
