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Prefeito e filho são investigados em RO

A Operação Arcana investiga a prefeitura, a Câmara de Vereadores e a Procuradoria de Ji-Paraná (RO), município com 130 mil habitantes, conforme o último censo. De acordo com os investigadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), uma organização criminosa atuava nas três esferas de poder do município, para cometer delitos que incluem corrupção ativa e passiva, extorsão, tráfico de influência, perseguição e lavagem de dinheiro. Durante a operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e nas sedes, além de seis mandados de afastamento das funções públicas por 120 dias. Dois dos afastados são o prefeito Isaú Fonseca e seu filho, o presidente da Câmara Municipal Welinton Poggere Góes da Fonseca.

As investigações derivam da operação policial Arauto, realizada em 27 de janeiro, que revelou uma complexa rede de corrupção e influência nos órgão governamentais de Ji-Paraná.

Os eventos investigados indicam indícios de crimes, especialmente após a aprovação da Lei Municipal 3.444/2021, de 7 de dezembro de 2021, que autorizava o Poder Executivo a celebrar acordos judiciais em favor de servidores da Secretaria Municipal de Educação. De acordo com as investigações, a aprovação do projeto que deu origem à lei exigiu o pagamento de propina a agentes públicos envolvidos no esquema.

Além disso, segundo o Ministério Público de Rondônia (MPRO), o esquema também envolvia a exigência de propina para facilitar e agilizar o pagamento de créditos judiciais. Em troca, os servidores e os advogados tinham que concordar em dividir os honorários, como pagamento pelo "favor". Com isso, o esquema envolveu servidores e agentes políticos das três esferas de poder.

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