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Ministros avaliam danos das enchentes no Acre

Até agora, 19 dos 22 municípios do estado foram afetados por inundações no estado | Foto: Neto Lucena/Secom

Os ministros Waldez Goés e Marina Silva, da Integração e do Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente, foram até o Acre na segunda-feira (4), para visitar os municípios atingidos pela cheia do Rio Acre. No domingo (3), o rio já havia registrado a terceira maior cheia, ao chegar a 17,68 metros. A medição atingiu o maior valor na manhã de segunda-feira (4), com a marca de 17,78 metros, o segundo maior nível computado desde que o rio passou a ser monitorado.

A comitiva também contou com a presença dos senadores Sérgio Petecão (PSD) e Alan Rick (União Brasil). Conforme o governador do Acre, Gladson Cameli, a visita do grupo é importante para avaliar de perto os impactos da cheia.

"Como eu sempre falo, o momento agora é de reunir forças, municípios, Estado e governo federal, para tentarmos reduzir os impactos causados por esse desastre natural", disse o gestor.

Durante a visita das autoridades à Brasiléia (AC), a prefeita da cidade, Fernanda Hassem (PT), se emocionou. Por causa das enchentes, o bairro Leonardo Barbosa, que fica no município, corre o risco de ser anexado ao território boliviano. Isso porque a fronteira entre a região e o país vizinho é delimitada pelo Rio Acre, que corre o risco de romper justamente no acesso à cidade. O bairro abriga aproximadamente 400 famílias. Do total de 1,78 mil habitantes, 186 são indígenas.

Na ocasião da visita, Fernanda agradeceu aos representantes federais e estaduais pelo apoio dado à cidade.

"Estamos falando da maior cheia dos 100 anos de história de Brasiléia, e até as comunidades rurais foram atingidas. Mais de 100 produtores perderam suas plantações e suas casas. Essas comunidades nunca tinham sido atingidas e foram atingidas agora", disse a prefeita.

Até agora, 19 dos 22 municípios do estado foram afetados por inundações, seja de rios ou igarapés. Alguns municípios, como Brasileia e Jordão, tiveram, respectivamente, 75% e 80% da cidade atingida pelas águas. Desde a quinta-feira (29) o Rio Acre se mantém acima dos 17 metros na capital.

Segundo a Defesa Civil, os rios Juruá, Envira, Tarauacá, Iaco, Purus e Bacia do Acre apresentaram vazantes e são monitorados em tempo real pelo órgão estadual.

"Na Bacia do Juruá, o Rio Moa continua subindo e joga muita água, principalmente para Cruzeiro do Sul", afirmou o coordenador da Defesa Civil, coronel Carlos Batista.

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