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Acre decreta estado de emergência em 17 cidades

Em Jordão, a água atingiu uma estação de energia e interrompeu o fornecimento | Foto: Alisson Oliveira/Secom

O governador do Acre, Gladson Cameli, decretou estado de emergência em 17 municípios do estado que foram atingidos por inundações. As cidades mais afetadas pela cheia dos rios Iaco, Purus e igarapés são Assis Brasil, Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Jordão, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Tarauacá e Xapuri.

Em Jordão, as águas atingiram a estação de energia, e o fornecimento foi interrompido para 651 unidades. O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, esteve em Jordão para dar assistência aos moradores e também avaliar o hospital da região, que também foi atingido pela cheia do rio.

"Tivemos nosso hospital alagado e tivemos a perda da nossa ambulância, dos nossos materiais, perdas de medicamentos, equipamentos da unidade e, no momento, eu estou passando as autorizações e já teremos um avião trazendo alguns mantimentos", disse.

Além de decretar situação de emergência, o governo do Acre reuniu uma força-tarefa para atender às 23 famílias indígenas que foram afetadas pelas inundações. Os dados são do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei). O grupo é o mais vulnerável em casos de enchentes. Ao todo, 395 famílias indígenas foram prejudicadas, entre elas as etnias Jaminawa, Kaxarari, Huni Kui e Manchineri. No domingo (25), a força-tarefa analisou os dados apresentados pelos municípios, para montar uma estratégia que contemple todas as comunidades, sobretudo as que ficam em locais de difícil acesso. Como exemplo, a Terra Indígena Mamoadate, que atualmente abrange Sena Madureira e Assis Brasil, é uma das mais afetadas.

De acordo com o secretário de Estado de Governo, Alysson Bestene, o trabalho precisa ser feito com a união dos governos municipais, estadual e federal.

"Todo esse alinhamento é para atender a comunidades indígenas em todo o estado. A gente já tem aqui na capital um abrigo próprio que o governo do Estado preparou para atender a comunidade indígena de Rio Branco, lá já estão algumas famílias dos povos indígenas, e agora estamos alinhando para atender essa comunidade na aldeia", disse Bestene.

O gestor também lembrou que as enchentes atingem principalmente a produção de alimentos, o que exige uma ação coordenada para atender às comunidades. A secretária dos Povos Indígenas do Estado (Sepi) Francisca Arara destacou que vai "fazer sobrevoos para visitar essas terras".

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